Sérgio Mallandro é destaque na Rolling Stone

Ícone televisivo dos anos 80, Sérgio Mallandro está de volta à telinha. Em Vida de Mallandro, exibido pelo canal a cabo Multishow, o apresentador abre as portas de sua casa e entra de cabeça em um reality show que mostra o dia-a-dia do “capeta em forma de guri”, como se autodenomina. Um dos destaques da edição de abril da Rolling Stone Brasil, o artista é categórico: “Esse lance de ‘glu glu’ e ‘yeah yeah’ vai ser eterno!”, dispara.

Aos 56 anos, Sérgio Neiva Cavalcanti, ou melhor, Serginho Mallandro tem uma rotina agitada. Hiperativo, brincalhão e excêntrico, o apresentador divide o apartamento em São Paulo com a ex-mulher e o filho mais velho. “Na minha casa moram a minha ex-esposa, a Mary Mallandro, e o meu filho mais velho, o Sergio Tadeu. A Mary ainda toma conta dos meus negócios e a gente vive batendo de frente, mas na boa”, explica.
 
Mas não é só a família diferente do artista que ganha destaque no reality show. Em uma das cenas do primeiro episódio, o protagonista retorna para casa cambaleando após uma noite pesada. “Não bebo, não fumo, nunca usei drogas. As pessoas ficam impressionadas. Digo: ‘Não preciso, só andei com maluco’”, ele afirma. “Sempre tive medo. Se eu cheirar já era, imagina! Falo pra caramba, então ninguém iria me aguentar mesmo. Se tomo umas cinco cervejas, fico bêbado.”
 
Mallandro entrou para a vida artística na década de 80. Participou de diversos programas no SBT e acabou se tornando discípulo de Silvio Santos. “Foi como fazer uma faculdade. Eu poderia até pagar para trabalhar com ele, mas eu ainda era pago! A gente fazia uma dupla daquelas!”. No entanto, o primeiro programa só veio após o estouro do hit “Vem Fazer Glu-Glu”, que vendeu um milhão de cópias e rendeu seus principais bordões. “Fiz a música para uma aeromoça quando peguei a ponte aérea. Não sabia o que falar, inventei: ‘Vem fazer glu-glu, mon amour, I love you’. Essas coisas meio sem sentido”, explica.

Na segunda metade da década de 90, Mallandro deixou o SBT. De lá, foi para a Gazeta e, com mais liberdade criativa, consagrou-se de vez como um ícone trash. “Foi assim que surgiram as pegadinhas e as mallandrinhas. Felizmente, tudo o que eu fiz na TV deu certo. Sempre fui ousado, arrisco mesmo!”, afirma.