Com 11 faixas

Depois do ‘SuperStar’ e do Barão Vermelho, Rodrigo Suricato lança novo disco solo

Foto: Divulgação.

Em tempos em que os cantores e bandas preferem lançar singles ao invés de álbuns completos, ele ousou. Em seu novo projeto, Na Mão as Flores, Rodrigo Suricato trouxe um material que permite que as músicas conversem entre si. O disco, com 11 músicas, corresponde ao bom momento em que o músico vive atualmente, apostando até mesmo num jeito de fazer música pop com um toque de folk. “É um momento muito bonito da minha carreira e eu acho que esse consegue contemplar coisas que dou muito valor como a composição, porque acho que cheguei num nível o qual me orgulho bastante”, disse Rodrigo Suricato à Tribuna do Paraná.

Segundo o músico, Na Mão as Flores foi um disco em que ele se permitiu fazer o que mais sentia vontade: compor, tocar e produzir. “Mas a cereja do bolo é o fato de estar ao vivo. Nunca estive tão inteiro no palco, tocando todos os instrumentos, mas numa linguagem muito mais moderna, que consegui desenvolver para o projeto, numa pegada mais pop, contemporânea, mas trazendo essa mistura com o folk. Acredito que o gênero possa sim ser uma canção popular, mas ao mesmo tempo sem abrir mão da qualidade das letras, do instrumental. Tenho muito apresso por quem me ouve, respeito muito quem me ouve”.

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Sem abrir mão de sua carreira solo, em 2017 Rodrigo Suricato foi convidado a suceder Frejat a frente dos vocais de uma das mais representativas do rock nacional, o Barão Vermelho. Essa missão, para o músico, refletiu também em sua carreira solo. “O Barão Vermelho me completa de uma maneira sem igual. É o primeiro processo coletivo que acredito, admiro demais as pessoas envolvidas, é maravilhoso estar com eles. O mais interessante é que quanto mais fico com eles, melhor eu fico no meu trabalho. Tenho a possibilidade de manter dois processos de trabalho, o coletivo e o individual. É por isso que este disco eu quis me dar de presente, simplesmente por conseguir fazê-lo sozinho”.

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Ousado, mas realizado

Na Mão as Flores é o terceiro álbum de Rodrigo Suricato que, em outros trabalhos, teve parceria de outros músicos e, por isso, considera o novo projeto mais a sua cara. “Quando você está numa banda, as opiniões são diluídas para que fique ao gosto de todos os envolvidos, mas nesse disco eu pude entrar em contato comigo mesmo. O disco se conversa, porque é assim que eu enxergo um álbum. Funciona também como um retrato da minha vida”.

Suricato disse que se sente ousado em lançar um disco completo, mas ao mesmo tempo realizado. “Vivemos o mito de que estamos na época do single, do EP, mas estamos vivendo isso porque é muito difícil fazer um disco. É difícil ter o que dizer em dez músicas. Não é que as pessoas prefiram lançar singles, mas pode ser que não saibam fazer discos, junto com a rapidez do mundo que exige que a gente faça milhões de coisas para nutrir as mídias”, avaliou o músico, completando que hoje existe espaço para todos. “Acredito em quem tem o que dizer, mas o mais legal é que hoje todo mundo tem acesso a tudo. As pessoas têm oportunidade de curtir artista de um álbum ou um artista que lança uma música e vai embora”.

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‘O pior de mim está na mesma mão que trago flores para você’, esse é o trecho de uma das músicas que entram no disco e que Suricato escolheu para definir o teor poético que traz o conteúdo. “Acho que, pela primeira vez, estou conseguindo falar de coisas complexas, mas de uma maneira mais simples. Isso é o grande ponto desse disco: manter a poesia, mas torná-la acessível, porque estou falando de natureza humana. Ele é autobiográfico, mas ao mesmo tempo é para todos”. Conheça as músicas:

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