Prêmio Multishow

A 13.ª edição do Prêmio Multishow de Música Brasileira, que aconteceu na última terça-feira no Rio de Janeiro, teve o sucesso esperado de público, figurinos (quase todos comportados), discursos (idem) e até no tempo de duração: duas horas exatas. A platéia não arredou o pé do Theatro Municipal e colaborou: gritou pelos ídolos nos momentos exatos e só se levantou nos intervalos determinados pela atriz Fernanda Torres, a apresentadora.

Houve até o manifesto-surpresa de Marcelo D2, que cantou Meu samba é assim, vestido de piloto da Varig, enquanto sua banda se vestia de comissários de bordo. Só faltou um som decente para se ouvir música, a grande homenageada da noite. Todo mundo que se apresentou ou recebeu prêmio lutou contra distorções, falta de mixagem e um volume desagradavelmente alto. Talvez em casa tenha se ouvido melhor. Caetano Veloso e banda deram início ao show, com um arranjo heavy metal de Tropicália.

Zeca Pagodinho, Marcelo D2, Toni Garrido e Negra Li deram canja, mas o som estava aquém do elenco. Pouco se ouvia além de barulho. Não melhorou quando duplas de músicos apresentaram os indicados e entregaram os prêmios. Foi ótima idéia juntar Jair Rodrigues e o funkeiro Fernandinho Beat Box para dar o prêmio de melhor grupo ao Jota Quest, Altamiro Carrilho e Andreas Kisser (do Sepultura) saldarem o melhor instrumentista (Rodrigo Amarante) com uma versão roqueira de Brasileirinho, e juntar Martinho da Vila com Juliana Paes para entregar o de cantora a Ana Carolina. Mas por que seus textos e os agradecimentos com sonoplastia ensurdecedora? Até a roqueira Pitty reclamou.

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