“Passione” termina hoje e revela assassino de Saulo

A novela “Passione” termina hoje, mas o novelista Silvio de Abreu não abre mão de manter o suspense até os últimos instantes. No Orkut, a comunidade da trama tem um bolão com 337 apostas. No YouTube, até um funk foi feito com a pergunta clássica da novela – “Quem matou o Saulo?”. No site oficial da produção, um jogo, batizado com o nome da questão, recebeu 2,5 milhões de palpites nas primeiras 24 horas em que foi lançado – ainda em outubro, quando Saulo Gouveia foi assassinado na cama de um motel.

Mas os telespectadores mais atentos já estão a um passo de matar a charada policial. Em entrevista ao Jornal da Tarde, Silvio disse que quem assistiu atentamente ao primeiro capítulo da trama sabe desvendar o mistério. Depois de 200 capítulos realmente fica difícil lembrar. Mas entre os assassinos suspeitos, Clara (Mariana Ximenes) é a principal. No início da trama, a moça era enfermeira de Eugênio (Mauro Mendonça), pai de Saulo (Werner Schünemann). No capítulo de estreia, após um telefonema, Saulo informa à família que o pai estava nas mãos de uma “ótima enfermeira.” Não demora, Eugênio morre com o diagnóstico de envenenamento e não de ataque cardíaco.

Interesseiro como tal, Saulo bem pode ter contratado Clara para envenenar o pai. O que ele não esperava era ter de enfrentá-la depois para colocar as mãos nas ações do irmão Totó (Tony Ramos), já que Clara se casou com o italiano. Como ela tinha planos de ficar com tudo de Totó, após tentar matá-lo, ela bem pode ter tirado Saulo da disputa. Dizem ainda, entre especulações, que Clara já foi vendida para Saulo, pela avó Valentina (Daisy Lúcidi), que lhe explorou sexualmente.

Para colocar mais pimenta, Silvio disse ao “Fantástico”, no último domingo, que assim que Fred (Reynaldo Gianecchini) deixasse a cadeia, ele receberia quatro visitas em sua casa. Uma delas deixaria a faca usada no assassinato de Saulo escondida atrás da geladeira. Até aí, ele recebeu Gerson (Marcello Antony), Laura(Adriana Prado), Danilo (Cauã Reymond) e, obviamente, Clara (Mariana Ximenes) – a primeira a visitá-lo.

Para manter o sigilo exigido por Silvio, a diretora Denise Saraceni cuidou minuciosamente da gravação da passagem em que o assassino é revelado – uma sequência da cena em que Saulo aparece ensanguentado na cama de um motel. O estúdio foi fechado com um pano preto. “As cenas nem foram postadas no computador em que toda a produção e os departamentos do Projac têm acesso”, diz Denise. Detalhes foram anotados à mão. No roteiro, os atores receberam só suas próprias cenas. E hoje, alguns ainda irão gravar. “Por mim, entraria ao vivo”, diz Silvio. As informações são do Jornal da Tarde.