Obras de Pancetti são atração no Museu Oscar Niemeyer

O Museu Oscar Niemeyer abriu na noite de quinta-feira (9) a exposição Pancetti – O Pintor Marinheiro, com curadoria de José Roberto Teixeira Leite. A mostra traça um panorama da obra de Pancetti (1902 ?1958) e pode ser visitada pelo público até 11 de setembro.

Reservando a mesma importância ao papel educativo que todo museu deve desempenhar junto ao seu público, antes da abertura foi realizada uma mesa redonda para discutir a obra do artista. Além do curador, também participaram os críticos e professores de arte paranaenses Adalice Araújo, Fernando Velloso, Fernando Bini e Maria José Justino.

A mostra apresenta 45 obras realizadas por Pancetti entre as décadas de 30, 40 e 50. Auto-Vida e alguns quadros da série Lavadeiras do Abaeté estão entre as mais conhecidas do público. Além do significativo e do belo trabalho desenvolvido pelo pintor, a montagem e a cuidadosa seleção das obras feita pelo curador foi elogiada por críticos, professores e pelo público que participou da abertura.

?O curador foi preciso em suas escolhas. Entre as obras disponibilizadas por colecionadores, museus e particulares, ele escolheu as mais significativas na carreira de Pancetti. E ainda traçou um paralelo com outros artistas, inclusive com paranaenses de nosso acervo. A montagem é outro destaque a parte, ficou maravilhosa e foi especialmente pensada para o Museu Oscar Niemeyer?, resumiu a diretora-presidente do Museu, Maristela Requião.

A exposição é dividida em cinco núcleos – retratos (auto-retratos), figuras, marinhas, natureza-morta e outros autores. Foi justamente para permitir uma visão ampla da trajetória do artista que Teixeira Leite selecionou 15 obras de artistas que influenciaram ou foram influenciados por Pancetti ou que são representativos na pintura de marinhas. Entre eles estão os paranaenses Alfredo Andersen (1860-1935), Guido Viaro ( 1897-1971), Poty Lazartto (1924-1998)e Miguel Bakun (1909-1963), cujas obras pertencem ao acervo do Museu.

Neste núcleo também há uma obra de Bruno Lechowski (1887-1941), considerado um dos principais mestres de Pancetti. Teixeira Leite analisa que o artista foi influenciado sucessiva ou simultaneamente por Cézanne e Van Gogh, entre as décadas de 30 e 40, nas naturezas-mortas e nos auto-retratos. Por Quinquella Martín e Albert Marquet nas marinhas, cujas pinturas o impressionaram em uma exposição francesa realizada, em 1940, no Rio de Janeiro.

?Mas, foi a Bruno Lechowski que Pancetti mais ficaria devendo. Não só do ponto de vista técnico como estilístico, sendo significativo que como discípulo de Lechowski foi que se apresentou no Salão Nacional de Belas Artes de 1937. Tornou-se o discípulo que superou o mestre, sem dúvida, mas que dele sorveu os melhores ensinamentos.?

Henri Nicolas Vinet (1817-1876), Nicolau Facchinetti (1824-1900), João Batista Castagneto (1851-1900), Benedicto Calixto (1853-1927), Mario Navarro Da Costa (1883-1931), Antonio Garcia Bento (1897-1929) e Milton Dacosta (1915-1988) também estão entre os artistas incluídos.

Serviço
Quando: 09/06 a 11/09
Onde: Museu Oscar Niemeyer
Endereço: Rua Marechal Hermes, 999
Centro Cívico ? CEP: 80530-230
Telefone: (41) 3350-4400
Horário: de terça a domingo, das 10h às 18h
Preços: R$ 4,00 adultos e R$ 2,00 estudantes identificados
(Crianças de até 12 anos, maiores de 60 e grupos de estudantes de escolas públicas pré-agendados não pagam)
Agendamento prévio para escolas pelo e-mail: agendamento@mon.org.br ou pelo telefone (41) 3350-4418, das 10h às 18h

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