Curitiba recebe a partir de hoje, no Museu da Gravura Cidade de Curitiba, a exposição Menos tempo que lugar. O evento conta com uma particularidade: em vez das tradicionais pinturas, escultoras, entre outras peças de arte que compõem uma exposição, o público irá conferir vídeos de dez artistas dos mais diversos países (Brasil, Alemanha, Argentina, Bolívia, Bulgária, Chile, Noruega, Peru, Venezuela e Uruguai), que irão ocupar todas as salas do museu.
De acordo com o diretor do Instituto Paranaense de Arte (Ipar), Luiz Ernesto Meyer Pereira, a mostra é um projeto do Instituto Goethe. Ele revela como conseguiu trazer a exposição. “Propomos ao curador responsável, Alfons Hug, para que esse evento fosse realizado aqui em Curitiba. Corremos atrás de patrocinadores e, felizmente, essa ideia foi viabilizada. A Fundação Cultural de Curitiba (FCC) também nos ajudou bastante e foi parceira nesta empreitada. A população terá a oportunidade de apreciar uma exposição magnífica, uma vez que ela é inédita e também por não recordar de um evento nestes mesmos moldes”, informa. Pereira conta de onde surgiu o nome. “Menos tempo que lugar tem seu nome emprestado de um aforismo poético do escritor uruguaio Mario Benedetti: Há menos tempo que lugar / não obstante, há lugares que duram um minuto / e para certo tempo não há lugar”, conta.
O tema da exposição é sobre o bicentenário da independência da América Hispânica, composta por 19 nações e um total de 365 milhões de habitantes. “As obras tratam sobre diversos pontos sobre esse marco histórico, apresentando o retrato estético da realidade urbana destas nações em dois séculos de emancipação do domínio espanhol. Os artistas se preocuparam em mostrar os fatos culturais, políticos e históricos destes países. O mais interessante é que, diferente de uma produção cinematográfica, onde os espectadores sentam e assistem a projeção, aqui o público vai fazer parte diretamente do evento. É algo emocionante, impactante e certamente é uma oportunidade única de se apreciar um projeto desta magnitude, pois não é sempre que se pode apreciar trabalhos de artistas do porte de Narda Alvarado, Alexander Apóstol, Leticia El Halli Obeid, Christine De La Garenne, Bj¢rn Melhus, Neville D’Almeida, entre outros”, afirma Pereira.
O diretor diz ainda que está orgulhoso em realizar a mostra. “Em nenhum outro museu da cidade você vai encontrar uma exposição como esta. É diferente de tudo o que já foi feito. É um trabalho de grande diversidade cultural e é interessante também pois faz com que os visitantes possam conhecer um pouco mais sobre estes países e também por revelar evidências que não são muito presentes na vida latino-americana”, avalia.
Serviço
Exposição Menos tempo que lugar.
A partir de hoje, até 9 de maio, no Museu da Gravura Cidade de Curitiba (Solar do Barão – Rua Pres. Carlos Cavalcanti, 533).
De terça a sexta, das 9h às 12h e das 13h às 18h; aos sábados, domingos e feriados, das 12h às 18h.
Entrada gratuita.