Marisol Ribeiro estava prestes a desistir quando recebeu um convite

Por muito pouco, Marisol Ribeiro não desistiu da tevê. Aos 20 anos, a atriz vinha fazendo testes desde os 15 anos e só em duas ocasiões conseguiu ser chamada para uma produção: uma participação em Malhação, da Globo, e um pequeno papel em Marisol, do SBT, ambos em 2002. Desanimada, a moça resolveu ir para Buenos Aires, na Argentina, e fazer um curso de cinema. Nada com muita convicção. Tanto que a aventura estudantil, de seis meses, só durou até que Jayme Monjardim, na época diretor de América, a convidasse para um teste.

Ela resolveu apostar de novo e desta vez deu certo: conseguiu o papel de Kerry na novela das oito da Globo. "O telefonema do Jayme foi como uma luz no fim do túnel. Meu objetivo sempre foi fazer teledramaturgia. Por isso, agarrei essa oportunidade com toda força", ressalta.

 Aliás, Marisol ficou tão empolgada com a chance de atuar numa novela, que aceitou o convite antes mesmo de saber que papel faria. E acha que foi sorte ter conseguido um personagem com que conseguisse se identificar tanto. Principalmente no que refere ao lado investigativo de Kerry, que provavelmente vai desmascarar todas as tramóias de Pimenta, interpretada por Betty Faria. Para encarnar a investigadora com mais desenvoltura, a jovem tratou de ler todos os romances policiais de Sir Arthur Conan Doyle, criador do detetive Sherlock Holmes. E ficou tão encantada que até chegou a cogitar em se tornar detetive profissional. "Mas a minha mãe não iria deixar", diverte-se. Apesar do tom de brincadeira, Marisol realmente segue à risca os conselhos e passos de dona Maria Ferreira. Tanto que decidiu ser atriz porque queria exercer a mesma profissão da mãe. A única diferença entre as duas é que a iniciante aproveitou mais o leque de opções da carreira artística. Em vez de se limitar a ficar apenas na interpretação, a moça já fez diversos cursos de direção, produção, roteiro para teatro, tevê e cinema. "É importante se especializar em várias áreas porque aumenta a nossa chance de se manter nesse mercado. Afinal, quero sobreviver disso", explica.

 Mesmo se "especializando" em várias funções, esses ofícios nem sempre foram rentáveis para Marisol. Quando ficava sem trabalho, defendia "algum" fazendo filmetes publicitários. Outro "bico" que a ajudava a sair da falta de recursos era a dublagem. Aliás, até hoje é possível conferir os trabalhos da moça como dubladora nos desenhos Sakura e Pokémon, exibidos pelo canal por assinatura Cartoon Network, e no filme Virgens Suicidas, da Sofia Coppola, no qual dubla a personagem de Kirsten Dunst. "Dublar é legal porque cada dia é um personagem diferente. Quando era filme, fingia até que era a atriz. Assim, treinava bastante interpretação", lembra aos risos.

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