Isaac O Pirata chega às livrarias

Chega ao Brasil Isaac o Pirata, a HQ que traz de volta aos leitores os grandes épicos consagrados de folhetins de aventura dos anos 1930 e 1940. Isso porque os quadrinhos de Christophe Blain seguem os moldes de clássicos como Tintim, Black & Mortimer e Asterix.

Desde sua publicação em 2001, na França, Isaac o Pirata já vendeu 250 mil exemplares e ganhou diversos prêmios. Em 2002 foi considerado o melhor álbum no Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, no Salão de Angoulême, em Portugal. Esse é um dos mais importantes festivais de HQ do mundo. No Brasil, o título é lançando pela Conrad em setembro, tendo sido publicado também nos Estados Unidos, na Espanha e na Itália.

A Conrad segue a tendência das editoras de HQ européias que têm levado milhares de franceses a comprarem cada vez mais novas aventuras. É o que mostram estes números. No ano passado, 7 títulos de quadrinhos estiveram entre os 12 mais vendidos. E isso somente na França. As editoras, no mesmo período, publicaram 2.700 novos títulos, fora as reedições. Ou seja, eram lançadas em média 7 histórias por dia. No total, foram vendidas 43,3 milhões de álbuns durante o ano de 2004. E isso bateu um recorde histórico absoluto na venda de HQs francesas.

Isaac o Pirata narra as aventuras de um pintor francês do séc. XVIII que toma parte da tripulação de um navio pirata, mas deixa para trás sua bela noiva esperando em terra firme. No mar a tripulação enfrenta batalhas, revoltas, intrigas e muito suspense, enquanto o navio passa por lugares exóticos e inesperados. Os piratas estão na corrida pela conquista do continente gelado, que tem início com as Grandes Navegações do século XV.

A escolha do autor pelo épico é porque Blain serviu na marinha francesa durante anos. Como desenhista oficial, confeccionou inúmeros diários de bordo. Tal como Isaac, Blain desenhava tudo aquilo que via e trazia para o continente como registro de viagem. Por isso, os personagens de Isaac o Pirata são o resultado das experiências do autor nos portos e cidades por onde passou.

O autor

Nacido em 1970, em Paris, França, Christophe Blain começou a desenhar ainda criança. Em 1989 ingressou na Escola de Artes, em Paris. No mesmo ano foi expulso, por não seguir os padrões de comportamento da escola. Depois disso, passou um ano em Cherbourg, interior da França, na Faculdade de Belas Artes. Em 1991 se alistou na Marinha e, em 1997, ganhou a incumbência de realizar uma grande viagem ao Pólo Sul, onde permanceu instalado na base científica francesa organizando um diário polar. Alguns meses depois retornou ao seu país de origem. Desde então, ele vem desenhando profissionalmente.

Christophe Blain faz parte de uma geração de escritores que está revolucionando o panorama dos quadrinhos, seguindo o caminho aberto, em 1930 e 1940, por artistas como Hergé, autor de Tintim, e Tardi, autor de O Grito do Povo (Conrad, 2005). Mas em sua obra há influências que ultrapassam esse universo. Isso porque suas fontes são o cinema – westerns -, literatura e muita pintura. Honoré Daumier, Goya, Picasso e Touluse Lautrec são suas maiores referências.

Segundo o autor, seu grande desafio como quadrinista é a busca pelo equilíbrio entre o desenho e o roteiro, sem que um se sobreponha ao outro: ?Existe um conflito a ser resolvido: o cérebro que cria a história é muito mais veloz do que a mão que concebe a imagem?.


Serviço

Isaac o pirata
Christophe Blain
HQ, aventura, romance, Grandes Navegações
R$ 39,00
Nº de páginas: 168

Voltar ao topo