Culturas Indígenas divulga selecionados

O Prêmio Culturas Indígenas foi criado pelo Ministério da Cultura (Minc) e desenvolvido pela Secretaria da Identidade e Diversidade Cultural (SID) em parceria com a Associação Guarani Tenondé Porã, Organização Indígena de São Paulo. O patrocínio veio da Petrobrás através da Lei Rouanet. Um de seus objetivos é valorizar, incentivar e dar visibilidade às iniciativas culturais dos povos indígenas, ocorridas nos últimos cinco anos. Para escolher as ações selecionadas foi reunida comissão de seleção, composta por 15 pessoas, das quais oito são indígenas. Os integrantes da comissão, sem ligação com os projetos avaliados, se reuniram durante três dias em Brasília (18, 19 e 20 de dezembro), para a execução do trabalho.

A comissão levou em consideração, dentre tantos outros aspectos, a distribuição regional e étnica, ficando assim definido:

Região Norte (30%) – 45 classificados (24 selecionados);

Região Centro-Oeste (25%) -38 classificados (20 selecionados);

Região Nordeste (20%) – 30 classificados (16 selecionados);

Região Sudeste (15%) – 23 classificados (12 selecionados);

Região Sul (10%) – 16 classificados (10 selecionados).

Primeira edição seleciona 82 iniciativas de um total de 504 ações inscritas. Os escolhidos receberão R$ 15 mil reais que será repassado para as aldeias e comunidades responsáveis pelas iniciativas. A solenidade de premiação vai se realizar no próximo ano, em data a ser determinada, em que também será lançada a segunda edição do prêmio.

Sobre Ângelo Cretã

Ângelo Cretã foi o índio escolhido pelo GT Indígena para receber a homenagem, nesta primeira edição do prêmio. Ex-líder dos caingangue, nasceu em Mangueirinha, no Paraná. Foi o primeiro índio a exercer um cargo político no Brasil: em 1976 elegeu-se vereador e trabalhou muito a favor de seu povo. Quatro anos depois morreu numa emboscada, que até hoje não foi esclarecida. Sempre esteve contra os posseiros da região próxima a Mangueirinha, Chapecozinho, Nonohai e Rio das Cobras.

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