Começa hoje festival de cultura inglesa em São Paulo

Entre esta sexta e 30 de junho, São Paulo falará inglês com um sotaque carregado. Transpirará arte britânica, seja na música, na dança e no cinema, numa constante busca pelo melhor produzido na Terra da Rainha. A 16ª edição do Cultura Inglesa Festival se inicia com uma interessante programação, tão cosmopolita quanto Londres (e São Paulo). Com destaque para os shows no Parque da Independência, na zona sul da cidade, no domingo, a partir das 11h. E, o melhor, com entrada gratuita.

O festival traz o melhor do rock britânico, em seus diferentes braços: o eletrônico, o psicodélico e o dançante. We Have Band (no palco às 15h30), The Horrors (17h) e Franz Ferdinand (18h30) formam o aguardado trio de atrações internacionais. As divertidas Garotas Suecas, num tributo ao Rolling Stones, e Banda Uó, que leva um toque de tecnobrega ao repertório do The Smiths. Freech, King Crab, Broth3rhood e Sociopatas completam o line up. A entrada é sujeita à lotação do parque. Por isso, é aconselhável chegar lá cedo.

Dentre as atrações musicais, nenhuma se compara com o quinteto que vem de Southend-on-Sea, na costa leste da Inglaterra. Antes esquisitões, o The Horrors mudou, embarcou numa onda alucinógena e entregou, em julho do ano passado, o viajandão “Skying” (aqui lançado pela Lab 344, R$ 35), terceiro álbum da banda, devidamente selecionado nas listas de melhores do ano de publicações inglesas especializadas.

Em entrevista, o tecladista da banda Tom Cowan explica que a surpresa é o melhor elogio que eles poderiam ter. “Isso é ótimo, acho demais. Estamos trabalhando muito há 7 anos para chegar a isso. Até hoje, quando ouvimos nossa música no rádio, nos juntamos todos para ouvir. É só o começo.”

O álbum anterior, “Primary Colours” (2009), dava algumas pistas da sonoridade que viria por aí. “Encontramos o nosso som. Daquele disco, gostamos apenas de algumas coisas. Se eu pudesse, queria que Skying fosse nosso segundo álbum”, diz Cowan, com espantosa sinceridade.

O ponto central para o descobrimento de como eles gostariam de soar veio quando a banda decidiu que “Skying” seria produzido por eles mesmos, apenas lapidado por Craig Silvey, midas do indie inglês, que produziu o último disco do Arctic Monkeys, “Suck It And See” (2011), por exemplo. “Quando você faz o que ama, você vai melhorando. Eu, por exemplo, não tocava nada quando começamos a banda”, explica. Hoje, o novo The Horrors depende da criatividade de Cowan em seus teclados e sintetizadores. Ele, aliás, é irmão Freddie, guitarrista de outra banda inglesa, Vaccines, que veio aqui em abril. As informações são do Jornal da Tarde.

CULTURA INGLESA FESTIVAL

Parque da Independência (Av. Narareth, s/n, Ipiranga). Domingo, das 11h às 20h. Portões abrem às 10h. Para maiores informações, acesse o site

oficial do evento: www.festivalculturainglesasp.com.br

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