Belezas europeias expostas no MON

Duas exposições internacionais entram em cartaz amanhã no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba. As mostras têm como títulos O olhar do pintor Joaquín Sorolla e Figuras e padrões – A encomenda do azulejo em Portugal, do século XVI à atualidade.

A primeira exposição apresenta cerca de quarenta obras de Sorolla (1863-1923), pintor considerado o mais importante representante do iluminismo espanhol. As mesmas são provenientes do Museo Sorolla, localizado em Madri, e contemplam diversas temáticas trabalhadas pelo artista.

A exposição é dividida em cinco núcleos: retratos, paisagens da Espanha, jardins e pátios espanhóis, a Espanha em Nova Iorque e as marinhas. Nas obras, é possível perceber o gosto do artista pela luz mediterrânea, pela pintura ao ar livre, pelo mar (onde é abordado o ócio e o trabalho na praia) e pela família.

“Sorolla tinha um olhar fotográfico muito moderno e era muito rápido pintando. Em sua pintura, tentava captar o instante, a luz do momento”, explica a curadora da exposição e diretora do Museo Sorolla, Maria Luísa Menéndez.

O artista valenciano revelou em poucos traços a rica e vibrante gama de cores das paisagens que pintou, especialmente dos jardins de Andaluzia e das praias do litoral de Valencia.

Ao mesmo tempo em que, firmou forte compromisso ético e social com o resgate de seu povo e de seu país, assolado pelos conflitos que levariam à Guerra Civil. Apontado como um retratista excepcional, Joaquín Sorolla também deixou um verdadeiro documento antropológico dos usos e costumes do povo espanhol, através da representação de trajes, festas e devoções. A mostra é inédita no Brasil.

Portugal

Já Figuras e padrões irá mostrar noventa painéis que traçam um panorama da famosa arte da cerâmica portuguesa, do século XVI até a atualidade. As peças são procedentes do Museu Nacional do Azulejo de Portugal e retratam, além da produção de artistas contemporâneos, encomendas que eram feitas, no passado, pela igreja, pela nobreza e pela população em geral.

“O azulejo tem dois grandes caminhos em Portugal, o da figuração e o do padrão, o que justifica o nome da exposição. Seu uso vem sendo realizado, de forma contínua, nos últimos 500 anos. Hoje, os mais importantes artistas plásticos portugueses fazem trabalhos em azulejos”, conta o responsável pela exposição, João Pedro Monteiro.

Serviço

A partir de amanhã, no Museu Oscar Niemeyer (Rua Marechal Hermes, 999). De terça a domingo, das 10h às 18h. Ingressos a R$ 4,00.

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