Banda NX Zero lança álbum “Sete Chaves”

Atravessar uma tarde na companhia dos meninos do NX Zero é como rever diversos conceitos de quando ainda éramos jovens. As dúvidas, as atitudes intempestivas, a sensação de ter um mundo a conquistar.

Com média de 23 anos entre seus integrantes, o grupo acaba de lançar seu terceiro disco, “Sete Chaves”. Os dois últimos álbuns ascenderam o NX Zero à banda mais querida pelos adolescentes do Brasil. Se os números de vendagem dos discos (entre 100 e 200 mil cópias) não impressionam, os 200 shows lotados por ano sim.

As palavras de Di Ferrero (vocal), Gee Rocha e Fi Ricardo (guitarras), Caco Grandino (baixo) e Dani Weksler (bateria) saem de maneira natural. “Estamos desencanados. Este ano que passou é como se tivéssemos vivido três em um”, fala Di.

Dani concorda: “Quando assinamos nosso contrato para gravar o primeiro disco tínhamos 18 anos. Aprendemos muito. Nunca fizemos questão de mostrar pra ninguém o que a gente faz na vida privada. Sempre cobraram muito da gente uma postura rock’n’roll. Se usamos drogas ou não, se bebemos ou não, o problema é nosso”, afirma o baterista, namorado da cantora Pitty.

Gravado durante três meses, “Sete Chaves” ganhou o desafio de continuar a levar o nome do grupo para as fãs, sem se repetir. Di Ferrero fala em Rappa e conta como uma visita às favelas do Rio de Janeiro despertou nele uma nova característica.

“Escrevi Só Rezo depois de visitar o Complexo do Alemão e o Vigário Geral com o pessoal do AfroReggae. Fui dar um autógrafo para um menino, que, antes, tirou o fuzil da frente. Isso me abriu a visão”, conta Di, responsável por escrever as letras do grupo.

Gee Rocha desvia: “Viajamos muito esse último ano e tivemos contatos com muitas bandas e sonoridades diferentes. Só Rezo tem uma pegada funk, mas é bem pesada. Me inspirei em Jamiroquai.”

Cada música do CD, segundo Di, levou o nome de uma banda. “Espero a Minha Vez era a Aerosmith, Zerar e Recomeçar era a Incubus. Subliminar, que tem uma pegada funk, é a Maroon 5, Vício é a Rocky Balboa, e assim por diante.”

Show do disco só em 2010. Durante esse tempo, o grupo continua a fazer eventos para rádios. E pelo Twitter, deixam os milhares de fãs atualizados. “Somos bem relacionados, hoje em dia”, lembra Di. “Se eu ligar para o Luciano Huck e pedir para tocarmos lá, ele chama a gente.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.