Vencer em casa, o dever de Nunes e do Atlético

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O técnico Gílson Nunes, do Atlético, tenta hoje conquistar a torcida atleticana em sua estréia na Arena. Após a saída de Geninho, a arquibancada não perdoou os substitutos Riva Carli e, depois, Valdyr Espinosa. Mandou embora os dois e exigiu um profissional que fizesse os jogadores atuarem com mais vibração.

A diretoria apostou no novo treinador, que terá a difícil missão de, não só ganhar a partida, mas mostrar que tem condições de comandar o Furacão. A prova de fogo será às 20h30 e o adversário é a Ponte Preta, que também luta pela classificação à segunda fase do campeonato brasileiro.

Um resultado diferente de vitória não deve acalmar os ânimos dos torcedores. O técnico sabe disso e tratou de afiar o discurso, tal qual um político calejado. “Nós esperamos e contamos muito com o apoio da nossa enorme torcida para que ela nos empurre para a vitória”, aponta Gílson. Como um candidato em reta final de campanha, ele aposta na força da arquibancada para superar as possíveis adversidades que poderão acontecer dentro de campo. “Esqueçamos o que está para trás e pensamos apenas na quarta-feira (hoje) para que todos nós juntos façamos com que o Atlético alcance sempre os seus objetivos”, pede.

Mas, não é só com a força da torcida que o time conseguirá passar pela Macaca. Após um empate sem graça diante do Goiás, o treinador sonhou em poder contar com o elenco completo (exceção de Douglas Silva, que cumpre a última partida de suspensão), mas perdeu o artilheiro Kléber e corre o risco de ficar também sem o atacante Alex Mineiro. O primeiro sentiu o músculo adutor da coxa direita. “o Kléber está com dificuldade de fazer as atividades normais e está vetado do jogo e vai ficar afastado até a melhora”, explicou o médico Edílson Thiele. No caso de Alex Mineiro, o problema é o abdome. “Deve ser só uma contratura e eu acredito que ele deva jogar contra a Ponte Preta”, aposta.

Sem o principal matador do time, o técnico efetiva a volta de Dagoberto que fará dupla com Alex, que ainda passará por testes na manhã de hoje. Se o atacante não puder ir para o jogo, Gílson tem as opções de adiantar Adriano e colocar Vital na meia-cancha ou apenas pôr Jadílson para jogar ao lado de Dagoberto. Nas demais posições, o treinador confirmou a volta do goleiro Flávio, do lateral-esquerdo Fabiano, do volante Cocito e do meia Kléberson.

Cocito no sacrifício

O volante Cocito, do Atlético, volta à equipe após duas partidas ausente. Ele sofreu uma pisada em seu pé direito na partida contra o Fluminense e não pôde atuar contra São Caetano e Goiás. Agora é diferente. O jogador sabe que o time não pode mais vacilar na competição e todo o sacrifício é válido para colocar o Rubro-Negro novamente nos trilhos. Nesta conversa com a Tribuna ele revela que o mesmo conhecimento que o técnico Vadão tem do Furacão, os atleticanos têm da Ponte Preta.

Parana-Online

– Você está totalmente recuperado?

Cocito

– Para correr está beleza. Eu não sinto dores. Só na hora de bater na bola mesmo que sinto. Estou colocando proteção com as espumas para não ter tanto impacto, mas está dolorido. Mesmo assim eu vou para o sacrifício e não tem problema não.

Parana-Online

– Essa dor é suportável ou pode te tirar da partida?

Cocito

– Na hora do jogo você acaba esquecendo um pouco das dores e indo para o pau. Esse não é um momento de ficar de fora por qualquer coisinha. Eu já estava louco para voltar a jogar, espero voltar e ajudar da melhor forma possível a minha equipe.

Parana-Online

– Como é enfrentar o Vadão?

Cocito

– O Vadão é um grande treinador e conhece também uma grande parte do elenco, que trabalhou com ele. Mas nós também conhecemos bastante o elenco da Ponte Preta e sabemos as características dos jogadores de lá. Além disso, hoje em dia ninguém consegue esconder mais nada de ninguém. Da mesmo forma que ele nos conhece, a gente conhece ele. (RS)

Ponte Preta perde goleiro

(AE)

Ainda sem vencer fora de casa neste campeonato brasileiro, a Ponte Preta espera quebrar este pequeno tabu diante do Atlético. E o técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, ganhou um desfalque de última hora: o goleiro Hiran. Com problemas estomacais ele foi vetado e já substituído por Alexandre Negri. “Se depender de mim, o time não vai sofrer gol”, disse o empolgado Negri, confirmado após o recreativo da manhã.

Mas a preocupação do técnico Oswaldo Alvarez não é com o setor defensivo. Ele acha que para vencer o Furacão seu time terá que mostrar muita disposição na marcação. “Será um jogo de muita pegada, de choque”, lembra Vadão. Dentro desta previsão ele confirmou o retorno do volante Roberto, após cumprir suspensão, no lugar de Isaias. Mas a principal mudança foi mesmo a entrada de Alex Oliveira no lugar de Adrianinho. “Nem sei direito porque perdi a condição de titular, mas agora espero agarrar a chance”, disse Alex, que teve grandes atuações no início do campeonato. Depois ele se machucou e nunca mais voltou a ter o mesmo desempenho.

No ataque, apesar da irregularidade, Hernani está mantido ao lado de Fabrício Carvalho, artilheiro do time com quatro gols.

Mesmo atuando no 4-4-2, Vadão quer uma participação ativa de seus alas – Luciano Baiano e Elivélton. “A melhor saída de jogo sempre é pelas laterais. Além disso, nós temos bons cruzadores”, diz ao mesmo tempo que lembra que a especialidade de Fabrício é o jogo aéreo.

Estas são as armas que Vadão vai usar para derrubar o Atlético. E também para romper a má campanha fora do Majestoso, onde o time atuou seis vezes e sofreu cinco derrotas. Só somou um ponto no empate sem gols com o Gama, no Distrito Federal. Os demais 19 pontos foram conquistados diante de sua torcida.

Vadão não se assusta com pressão da galera

A Arena reencontra hoje o técnico que levou o Atlético a disputar pela primeira vez a Copa Libertadores da América. Após sua passagem pelo Rubro-Negro, Osvaldo Alvarez, volta a Curitiba para sentar no banco do “outro lado”. Comandando a Ponte Preta, ele deverá ser bem recebido pelos torcedores atleticanos, mas não terá moleza na hora que o árbitro apitar o início da partida.

“Jogar na Arena é como jogar no Majestoso (Moisés Lucarelli). A torcida joga junto e, se você aceitar a pressão, acaba sufocado na defesa. Vamos jogar com uma certa atenção defensiva, mas temos que agredir. Partir para cima com o objetivo de fazer o resultado”, prevê Alvarez. Para tanto, ele deve lançar mão do alto conhecimento que tem do adversário para poder surpreender.

Em um ano de Furacão (1999-2000), Vadão disputou 73 partidas, conseguiu 39 vitórias, 17 empates e perdeu apenas 17 vezes. Com essa campanha, o treinador conquistou o Torneio Seletivo de 1999, que valia uma vaga na Libertadores e o Campeonato Paranaense de 2000. Do atual elenco, Flávio, Ígor, Fabiano, Cocito, Kléberson, Adriano e Kléber trabalharam com o treinador. “Ele foi muito importante para nossas carreiras. Muitos jogadores têm que agradecer ao Vadão pela situação em que se encontram hoje. Porém, ele é o técnico da Ponte Preta e nós precisamos de qualquer jeito do resultado positivo”, analisou o meia Kléberson.

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