Tuta, Ari e Luís Mário contra o Paranavaí

A torcida pode começar a contagem regressiva – faltam cinco dias. Com o anúncio oficial feito pelo técnico Antônio Lopes ainda em Londrina, o jogo entre Coritiba e Paranavaí, domingo, às 15h30, no Couto Pereira, marcará o primeiro ?encontro? dos três principais reforços alviverdes para a temporada 2004. No final de semana, o Coxa será Aristizábal, Luís Mário, Tuta e mais oito.

Se contasse a programação feita por Antônio Lopes, essa estréia da ?supertrinca? do Coritiba já teria acontecido. A primeira possibilidade de utilização foi na partida contra o Rio Branco, no dia 29 de fevereiro (às vésperas da partida contra o Rosario Central, pela Libertadores), mas Tuta torceu o joelho no último treino antes da partida e acabou desfalcando a equipe.

No jogo de Paranaguá, aconteceram fatos que adiaram ainda mais a formação do ataque. Aristizábal foi expulso, brigou com Tiago Soler e acabou suspenso por uma partida além da automática, ficando fora das partidas contra Beltrão e Londrina. Ainda na Estradinha Luís Mário lesionou-se (uma fibrose na coxa direita), e ainda não se recuperou por completo.

Dessa forma, Tuta ainda não conseguiu jogar com seus companheiros ?ideais? – até porque na Libertadores ele não pode atuar, por não estar inscrito. Ari e Luís Mário, que tinham chances maiores de jogarem juntos, pouco se ?cruzaram? em campo. Até agora, foram alguns minutos nas partidas contra a Adap, Rio Branco e Rosario, e em nenhum desses jogos chegou a se completar um tempo inteiro de parceria.

Mas a intenção de Antônio Lopes é usar Tuta, Luís e Ari nos noventa minutos da partida contra o Paranavaí -jogo que reedita a final do Paranaense do ano passado. “Eles estão prontos para atuarem juntos. O Luís, que está em recuperação, tem uma semana para ficar pronto”, comenta o treinador alviverde, que até pensou em usar o “Papa-léguas” no domingo, mas os médicos vetaram o atacante, que é um dos três “pendurados” do time, ao lado de Miranda e Ataliba.

Por isso, foi Tuta – sozinho – o herói da tarde coxa em Londrina. “A primeira que chegou eu guardei”, brinca o atacante, que aproveitou a segunda de folga para resolver problemas particulares em São Paulo. “O Tuta é um jogador que resolve quando está na área. Por isso eu pedi para ele ficar lá, porque no primeiro tempo ele saiu demais da área, e isso dificultou o trabalho dele”, comenta o treinador.

Para o futuro, Lopes já tem os planos na cabeça. “É claro que a gente já estava pensando nessa hipótese. Mas antes de falar para vocês (jornalistas) eu preciso conversar com os jogadores, porque alguém vai ter que sair para que os três joguem juntos, e é ruim os atletas ficarem sabendo pela imprensa. Vocês vão ver durante a semana”, diz o técnico alviverde.

Apesar de não falar, é quase certo que Igor deve sair do time para abrir vaga para a ?supertrinca?. Em má fase técnica, o armador vem sendo substituído em todos os jogos. E Antônio Lopes nem pensa na possibilidade de deixar um deles na reserva. “O dever do técnico é justamente permitir que os melhores joguem. Se eles têm qualidades, vão se entender e vão fazer muito pelo Coritiba”, finaliza.

Fernando vira referência e amuleto

O Coritiba teve um goleiro e um motivador em campo no Estádio do Café, em Londrina. No momento em que o Coxa mais penava contra o Tubarão, Fernando empurrou seus companheiros para frente, e talvez uma defesa dele tenha sido o ato mais eloqüente na busca pelo empate, concretizada no gol marcado por Tuta. Não foi a primeira oportunidade em que Fernando foi decisivo para o Cori.

Até o momento, é a melhor temporada do goleiro com a camisa coxa – ele inicia seu terceiro ano como titular do Coritiba. Nas últimas partidas, entretanto, ele se destacou ainda mais, defendendo pênaltis (como na partida contra o Rio Branco) e fazendo defesas que pareciam impossíveis. O maior exemplo é a intervenção à queima-roupa na cabeçada de Renan, quando o Londrina ainda vencia por 1×0. “São lances importantes, assim como outros que aconteceram em anos anteriores”, comenta.

Mas, além disso, Fernando assume um papel mais decisivo como líder do elenco alviverde -principalmente de seus companheiros de defesa, que no domingo pareciam ?órfãos? do comando do capitão Reginaldo Nascimento. Quando o Coxa vivia seu pior momento no jogo contra o Londrina, o goleiro berrou para o resto do time. “O jogo não acabou, o jogo não acabou!”, gritou. “Eu falei para o Vagner, e também pedi que eles fossem mais para frente. A gente não podia deixar escapar o resultado”, conta.

Empurrado pelos gritos e incentivado pelas defesas, o Coritiba conseguiu o empate, mesmo não jogando bem. “A gente tem que entender que não esteve bem. Mas isso acontece, são muitos jogos e não vamos conseguir estar sempre bem”, afirma Fernando, que ensina mais uma lição para os companheiros. “Por mais que a parte técnica não adiante em algumas partidas, nós temos que ter força e espírito de competição para conseguir as vitórias”, resume.

São Paulo espera Tcheco

São Paulo –

O São Paulo está interessado no volante Tcheco, atualmente no Al-Ittihad, da Arábia Saudita. A diretoria do tricolor aguarda a rescisão de contrato do jogador para anunciá-lo como novo reforço do clube.

No entanto, de acordo com o diretor de futebol do São Paulo, Juvenal Juvêncio, o atleta deve chegar ao clube apenas no segundo semestre para a disputa do campeonato brasileiro e da Copa Sul-Americana. Segundo o dirigente, a liberação de Tcheco ainda deve demorar, já que os procuradores do jogador precisam provar à Fifa que o time árabe deve ao atleta cerca de R$ 50 mil.

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