Tricolor não quer apelar na Justiça para ter Muriqui

O Paraná Clube optou por não avançar na negociação com o meia-atacante Muriqui. “Entendemos que não valia o risco”, disse o presidente Aurival Correia. Este risco seria a necessidade de se buscar na Justiça uma liminar para garantir o registro do atleta na CBF. O Flamengo preferiu “pagar pra ver” e obteve a liberação judicial de Éverton, que já treinou como titular no time carioca.

“Fizemos várias consultas e entendemos que a RDI da CBF é muito clara no que diz respeito ao limite de transferências de jogadores durante a temporada”, comentou Correia.

Tanto Éverton quanto Muriqui tiveram duas transferências de federações no ano, limite imposto pela entidade. Sob a alegação de que no Desportivo Brasil – clube gerido pela Traffic, que adquiriu os direitos do jogador – Éverton não atuou, obteve-se a liminar para que ele possa jogar pelo clube carioca.

“Já convivemos com situação parecida. Tínhamos a certeza de que o Batista, ano passado, tinha condições legais. Mesmo assim, foram vários julgamentos e com isso o atleta não rendeu o que podia”, lembrou o presidente paranista.

No ano passado, para muitos, esse imbróglio envolvendo Batista teve influência direta no astral do grupo, que se deixou abater e acabou rebaixado para a Série B. “Tudo o que não precisamos é de um novo problema”, resumiu Aurival.

Na liberação de Évertón, o Paraná recebeu quatro jogadores do Flamengo. A parte que envolvia a vinda de Muriqui deverá ser transformada em dinheiro, dando aporte para a contratação de outro jogador para essa posição. Além de um meia-atacante, o clube ainda espera por Schwenck para fechar o seu elenco para o restante dessa temporada.