Teixeira dobra patrimônio em cinco anos

As provas apareceram. Matéria divulgada ontem pelo jornal esportivo Lance! comprovou que o presidente da CBF Ricardo Teixeira dobrou seu patrimônio desde 1994, quando o Brasil foi tetracampeão mundial. Na mesma proporção cresceu a receita da entidade, que foi catapultada com o acordo com a Nike (tão nebuloso que gerou até CPI no Congresso). Só que o prejuízo é crescente – mas, mesmo com tantos problemas, Teixeira deve ser reeleito no dia 9, isso se a Justiça não impedir a eleição.

O presidente da CBF está no cargo há quatorze anos – venceu uma renhida eleição em 89 contra Nabi Abi Chedid, hoje seu vice. De lá para cá, a vida do ex-corretor (que teve problemas na Bolsa de Valores) e fazendeiro – além de genro de João Havelange – só melhorou. Na pesquisa feita pelo jornal, Ricardo Teixeira obteve uma renda total de pouco mais de sete milhões de reais nos últimos anos, o que dá uma média mensal de R$ 117 mil.

O patrimônio do presidente também deu um salto: de R$ 3,2 milhões (94) para R$ 4,8 milhões (99). O aumento seria mais acentuado não fosse a tumultuada separação dele e de Lúcia Havelange, que quase o fez romper com o presidente de honra da Fifa. A ex-mulher de Teixeira recebeu, à época, bens que valiam cerca de setecentos mil reais.

Enquanto isso, a CBF vivia seu período de maior faturamento – e de maior prejuízo. Com a força financeira do contrato com a Nike (250 milhões de dólares em dez anos), a receita subiu de R$ 20,4 milhões para R$ 70,9 milhões entre 95 e 97. Mesmo assim, dois anos depois a entidade fechou o ano-fiscal com um prejuízo de quase 25 milhões de reais. Apesar da “penúria”, a CBF inaugurou há pouco uma luxuosa sede no Rio de Janeiro.

Acerto

O presidente da Federação Pernambucana Carlos de Oliveira cedeu, e não mais acionará a Justiça comum para impedir as eleições na CBF. Mesmo assim, qualquer cidadão (amparado pelo Estatuto do Torcedor) pode suspender o processo eleitoral.

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