O circo – com todo o respeito à atividade circense – continua no Campeonato Paranaense. No papel de palhaço, o torcedor, que deverá ver a 2.ª fase adiada por causa do prolongamento da pendenga entre J. Malucelli e Adap Galo.
Os dois clubes disputariam ontem, às 16 horas, os 17 minutos finais da partida realizada em 31 de janeiro. Mas às 15h45, a equipe maringaense obteve efeito suspensivo no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), cancelando assim o reinício do jogo. Quando a notícia chegou ao Estádio do Xingu, em São José dos Pinhais, o trio de arbitragem já estava no gramado e o Jotinha preparava-se para entrar em campo. O Adap, que veio com apenas sete jogadores e o auxiliar técnico, ainda estava no vestiário.
Ao atender o pedido do Adap, o STJD elimina a ordem do TJD, que havia determinado o reinício do jogo aos 28 minutos do 2.º tempo com placar de 1 a 0 para o Jotinha, antes do gol considerado irregular marcado pelo time de Maringá – os adversários ainda não estavam no campo de defesa. O resultado sairá por decisão da corte nacional – as soluções mais prováveis são o encerramento do jogo com placar de 1 a 0, como defende o Jota, a manutenção do resultado final em 1 a 1, como quer o Adap Galo, ou mesmo o cancelamento integral da partida. ?O STJD teve bom senso. Se o jogo fosse reiniciado e mais tarde o tribunal remarcasse a partida, os times jogariam três vezes. Seria um absurdo?, disse o advogado do Adap Galo, Osires Nadal, acrescentando que o clube pedirá à FPF uma indenização pelo duplo deslocamento a São José dos Pinhais.
O problema é que o julgamento só deve ser realizado na semana que vem – isso se o STJD convocar reunião extraordinária. Como a fase de classificação termina neste domingo, a Federação Paranaense planejava divulgar a tabela da 2.ª fase na segunda-feira, com jogos a partir de quarta. Assim, a FPF terá que esperar o julgamento para emparceirar os grupos, pois é muito provável que o resultado de Jotinha x Adap Galo influa da posição final da competição. Ontem, a FPF informou que enviará um representante ao STJD para tentar agilizar a realização do julgamento.
Para piorar, dois outros casos que podem interferir na classificação final também serão definidos só depois da primeira fase. Os julgamentos do Paraná Clube, que pode perder seis pontos por escalar jogadores num prazo inferior a 66 horas, e do WO do Nacional diante do Iguaçu, ainda não foram agendados.