Sem polemizar, Dunga diz não temer violência em campo

Apesar do clima de guerra criado por Maradona, o técnico Dunga evitou polêmicas nesta quarta-feira e disse que não espera um confronto violento no clássico deste sábado entre Argentina e Brasil, pelas Eliminatórias Sul-Americanas.

“A violência nunca imperou nesse confronto. Ninguém é mais homem ou menos homem por fazer mais faltas. Cada um busca fazer o melhor, e existe uma rivalidade. Não existe amistoso entre esses países. Às vezes acontecem alguns acidentes, mas nada de violência”, afirmou.

Depois de pedir aos jogadores que não polemizassem com as declarações de Maradona, Dunga manteve a coerência e descartou qualquer rivalidade especial contra os argentinos.

“É mais um jogo, com as seleções da América do Sul que mais venceram Copas do Mundo. São escolas diferentes. É um rivalidade sadia. Mas também temos rivalidade com outras equipes. Ninguém quer perder para não ouvir as brincadeiras depois”, comentou.

O treinador brasileiro prefere deixar as polêmicas de lado e manter o foco da equipe na busca por mais três pontos, que podem garantir a classificação antecipada para a Copa da África do Sul.

“Temos que garantir a nossa classificação para a Copa do Mundo. Ainda não conseguimos. Estamos perto, mas temos que focar nisso”, disse Dunga. “Quanto mais a gente vencer e passar algo positivo com nossa postura em campo, melhor será”.

Dunga ainda evitou comparações com Maradona, que como ele, assumiu o comando da seleção com pouca experiência como técnico. “Não vou comparar o meu estilo com o dele. Um time com 11 ‘Maradonas’ não funcionaria, assim como uma equipe com 11 ‘Dungas’. O Maradona motiva a Argentina e eu preparo o Brasil para o confronto”.