Sá supera espanhol, mas enfrentará Tim Henman

Londres (AE) – André Sá já está nas quartas-de-final de Wimbledon. O resultado, o melhor de sua carreira, entre os brasileiros, só não supera o de Maria Esther Bueno, que venceu a competição 1959, 1960 e 1964. Sá, 90º do ranking mundial, ontem derrotou o espanhol Feliciano Lopez, 103.º, por 6/3, 7/5, 4/6 e 6/3 e se igualou a Gustavo Kuerten no desempenho no All England Club de Londres.

Ele disse que se inspirou em Ronaldo e na seleção brasileira para vencer Feliciano. Sá contou que viu as fotos de Ronaldo no Japão, nos jornais londrinos, e afirmou para si mesmo. “Espero poder ter a mesma expressão que ele no fim do dia.” E está comemorando até agora. “Me sinto muito feliz e parece incrível ter chegado até aqui e estar fazendo história.”

O próximo jogo do brasileiro, provavelmente na quarta-feira, vai atrair muita atenção na capital inglesa. Ele vai enfrentar o inglês Tim Henman, quinto do ranking, que os ingleses gostariam muito que vencesse o título de Wimbledon, o que não acontece há 66 anos.

Será a primeira vez que Sá jogará contra Henman no circuito profissional. O brasileiro, tenista do País com bom desempenho em quadras rápidas, tem chance de vencer Henman.

André Sá nunca havia passado da segunda rodada em Wimbledon. Na terceira rodada este ano ele já atraiu boa atenção, ao enfrentar o brasileiro Flavio Saretta. Sua carreira teve outro impulso depois que passou a ser treinado por Marcus Barbosa, o Bocão.

É a primeira vez desde 1968, quando o torneio tornou-se aberto que três sul-americanos ficam entre os oito melhores da competição. E pelo menos um já tem vaga garantida nas semifinais: o vencedor do jogo entre o argentino David Nalbandian e o equatoriano Nicolas Lapentti. Caso Sá ganhe, ficarão dois entre os quatro melhores.

Sul-americanos nunca tiveram muita tradição em Wimbledon. Houve um campeão do continente em Wimbledon: segundo a agência de notícias Associated Press foi o peruano Alex Olmedo, em 1959. O problema é que Olmedo aparece nas estatísticas como norte-americano por residir naquele país e ter disputado uma Copa Davis pelos EUA.

A norte-americana Venus Williams, número 1 do mundo e campeã em 2000 e 2001, completou a 18.ª vitória em Wimbledon marcando 6/1 e 6/2 contra Lisa Raymond em 47 minutos. Sua adversária nas quartas será a russa Elena Likhovtseva. Já Serena, número 2 do mundo, também chegou às quartas- de-final derrotando a compatriota Chandra Rubin por duplo 6/3. Sua próxima adversária será Daniela Hantuchova, da Eslováquia.

Mineiro é o número 1

Elói Silveira e Suely Kawana

São Paulo

(tenisbr@sil) – A ótima campanha nas quadras de grama inglesas deverá garantir ao mineiro André Sá um lugar entre os 70 melhores do ranking de entradas, o que será sua mais alta classificação profissional. Sá foi 79º do mundo em 2000.

Atual 90º colocado, Sá está somando 150 pontos, mas terá de descontar 35 por dois torneios disputados nesta período, no ano passado. Assim, seu total será acrescido de 115 pontos, elevando-se para 531. Na conta bancária, Sá já garantiu um cheque de US$ 40 mil.

Número 1

A vitória sobre o espanhol Feliciano Lopez nas oitavas-de-final em Wimbledon fez do mineiro André Sá o número um do Brasil na Corrida dos Campeões, ranking que só leva em conta os resultados da atual temporada.

Com a classificação para as quartas, Sá ganha 50 pontos e passa a acumular 86 na listagem. Fernando Meligeni, que era o melhor brasileiro no ano, soma 76.

A campanha deixa também o mineiro próximo do seleto grupo dos 50 melhores da temporada.

Henman sofre mas passa

São Paulo

(Lancepress!) -O próximo adversário do brasileiro André Sá em Wimbledon já está definido. O britânico Tim Henman bateu o suíço Michel Kratochvil por 3 a 2, com parciais de 7/6(7/5), 7/6(7/2), 4/6, 6/3 e 6/2, e se classificou para as quartas-de-final.

Este será o primeiro confronto entre André e Tim Henman. O britânico, que ocupa a quinta colocação do ranking mundial e sétima na Corrida dos Campeões, já disputou o Grand Slam inglês nove vezes, mas nunca conseguiu passar da semifinal (1998, 1999 e 2001).

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