Robinho, a estrela ascendente

São Paulo

 – Início dos anos 90. Madrugada em São Vicente. Um casal mais um garoto pequeno, magrinho, chamado Robson, dormem. Ou melhor, tentam dormir. As gotas d?água, da chuva, caem pelos buracos do teto sobre a cama e incomodam a família. Não havia solução. O jeito era suportar a situação. Faltava dinheiro para uma casa melhor. Mas eles já estavam acostumados. Sempre viveram assim. Durante a noite, o menino só sonhava, sonhava em um dia ser um bom jogador, talvez profissional, e, quem sabe, com muita sorte, um craque.

Passados poucos anos e Robson ingressou nas categorias de base do Santos. Logo perceberam seu talento. E preocuparam-se em dar-lhe um tratamento especial, com muito carinho. Sabiam que era um produto muito valioso, que, em algum tempo, estaria valendo milhões de dólares. Em 1999, quando tinha apenas 15 anos, conheceu Pelé. E recebeu elogios do Rei. “O Pelé me ajudou bastante, me deu incentivo.” Foi aí que começou a arrancada do menino, hoje ídolo dos santistas e conhecido por todos os brasileiros como Robinho.

Dezembro de 2002. Santos, semana do primeiro jogo da final do Campeonato Brasileiro entre Santos e Corinthians. O atacante completa um mês na cidade de Santos, depois de deixar São Vicente, sua cidade natal. O apartamento não tem goteiras. É simples, mas bonitinho. Dois quartos, um do jovem craque, outro dos pais. Uma sala com televisão e vídeo para ver todas as jogadas. E, claro, pôsteres do jogador espalhados pela parede. A vida inicia uma mudança radical.

O apartamento, por enquanto, não é da família. É alugado. E quem paga as mensalidades é Wagner Ribeiro, seu empresário. “Quis dar um presente à família”, observa Ribeiro. Aos poucos, Robinho começa a andar com seus próprios pés. Seu salário, que, há dois meses, era de apenas R$ 1 mil, saltou para cerca de R$ 25 mi.l Não chega aos R$ 40 mil, como muita gente diz em Santos garantem pessoas próximas ao atleta. Com o novo contrato, seu vínculo com o clube do litoral vai até 2006.

Voltar ao topo