O velho discurso de que um clássico é um divisor de águas é usado constantemente no futebol. E apos a vitória do Atlético por 3×0 sobre o Paraná Clube, no último domingo (23), este popular ditado não poderia ser deixado de lado.
+ Sabia mais: Vila Capanema se torna posse do Tricolor por mais 30 anos
Não que o resultado do clássico em si tenha mudado a situação dos clubes no Campeonato Brasileiro. Afinal, o Furacão vem em uma crescente, enquanto o Tricolor já era o lanterna isolado na tabela. Mas o resultado em si pode se refletir no que virá daqui pra frente. Inclusive, com os dois clubes podendo já deixar o torneio ’de lado’ e focar em outras metas.
Olho no continente
O Rubro-Negro mais uma vez apresentou um futebol convincente diante da sua torcida e vai fazendo da Arena da Baixada seu grande trunfo para fugir da ameaça do rebaixamento e, com isso, abrir possibilidade para focar em outro objetivo no ano, que é vencer a Copa Sul-Americana.
+ Leia também: Tiago Nunes quer que Furacão ‘esqueça’ futebol por dois dias
Nove pontos atrás do G6 do Brasileirão e encaminhado para as quartas de final do torneio continental, o Atlético pode se dar ao luxo de preservar forças na competição, pensando apenas em fazer a pontuação mínima para evitar sustos, e se atentar na Sul-Americana, que pode render o primeiro título internacional do clube, além de levá-lo para a Libertadores do ano que vem sem precisar depender de rivais ganharem outros torneios e, assim, abrirem mais vagas via Campeonato Brasileiro.
Para chegar ao número mágico e seguir na elite, o Furacão precisaria de mais quatro vitórias e um empate em 12 partidas. Ou seja, precisaria de um aproveitamento de 36% daqui em diante, menos do que tem atualmente (42,3%).
Pensamento em 2019
Já o Paraná Clube se afundou ainda mais na tabela. Sem ganhar há 12 jogos, o Tricolor está 12 pontos atrás do 16º colocado e pode ver esta diferença aumentar para 13, dependendo dos resultados dos jogos desta segunda-feira (24). Uma situação que vai ficando cada mais irreversível e que foi sendo refletida em campo no clássico.
+ Mais na Tribuna: Paraná Clube vê a queda cada vez mais perto, mas não joga a toalha
À medida que o tempo ia passando, os jogadores paranistas não conseguiam reagir e estavam entregues no final da partida. Sinais claros que, embora o time ainda tenha chances e se esforce – como foi no primeiro tempo, até o segundo gol -, fica difícil esboçar uma reviravolta.
Precisando de dez vitórias em 12 jogos, a última cartada deve ser contra o Vasco, na próxima segunda-feira (1), na Vila Capanema. Qualquer resultado que não seja a vitória em um confronto direto encaminha o Paraná Clube a já começar a planejar 2019. Embora a esperança seja a última que morre, é preciso ser realista na Vila Capanema e, independentemente de chances matemáticas ou não, tentar começar um novo trabalho da forma certa para em 2020 estar de volta à elite.
APP da Tribuna: as notícias de Curitiba e região e do Trio de Ferro com muita agilidade e sem pesar na memória do seu celular. Baixe agora e experimente!