Pela honra

Paraná Clube vê a queda cada vez mais perto, mas não joga a toalha

Richard foi um dos poucos destaques do Tricolor no clássico e não quer ninguém se entregando antes da hora. Foto: Albari Rosa

O Paraná Clube escreveu mais um capítulo negativo na campanha ruim que faz até agora no Campeonato Brasileiro. Sem inspiração e provando mais uma vez suas fragilidades, o Tricolor foi derrotado ao natural pelo Atlético e agora conta as rodadas para decretar seu rebaixamento à segunda divisão. O goleiro Richard, que fez grandes defesas, apesar do revés sofrido para o Furacão, lamentou mais uma jornada ruim do time paranista.

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O arqueiro, que há menos de um ano estava na Arena da Baixada para participar da vitória histórica sobre o Internacional, pela Série B, quando o clube marcou o recorde de público do estádio atleticano, afirmou que melhorar no Brasileirão nesta reta final é questão de honra.

“É difícil falar nesse momento. Precisamos reagir o quanto antes. É questão de honra, precisamos honrar o clube, das nossas famílias. Precisamos sair desta situação urgente. Não podemos nos entregar nunca. Mas não adianta só ficar falando, temos que agir”, desabafou Richard.

A situação ruim do Paraná Clube no Brasileirão tem aumentado a pressão sobre o time, que, a cada rodada, não consegue mostrar que tem capacidade de reagir na competição. O técnico Claudinei Oliveira lamentou a derrota, especialmente pelo que ela pode representar por se tratar de um clássico contra um rival.

“O vestiário agora não é hora de falar muito, quando está com cabeça quente. Tinha alguns mais nervosos, exaltados. Mas não adianta e já falei que temos 90 minutos para fazer acontecer. Não adianta brigar, dar pontapé. Não conseguimos vencer, a vitória daria um ânimo a mais. Triste pelo torcedor, que está magoado, chateado, que amanhã (hoje) tem o sarro. Clássico é sempre ruim perder, ainda por três gols de diferença. É levantar a cabeça e ir andando”, explicou o treinador.

Agora, o Tricolor precisa ganhar pelo menos dez dos doze jogos que faltam para escapar do rebaixamento. A situação é delicada, mas Claudinei garantiu que o time paranista, enquanto houver chances matemáticas, vai lutar até o final.

Confira a classificação completa do Brasileirão

“Não tenho direito de jogar a toalha. Temos obrigação com a instituição, com os atletas, com minha carreira. É levar tudo com seriedade. Estamos tentando tirar o máximo dos atletas, mas as coisas não acontecem. Estamos buscando alternativas nos treinos. Sabíamos a forma que o Atlético jogava e tomamos o gol dessa forma. Não transfiro a responsabilidade dos atletas, mas não jogo a toalha jamais.

Quando matematicamente não der, enquanto tiver chance, tiver atleta com espírito competitivo, não vou jogar a toalha. Se eu for fazer isso, eu procuro o presidente, falo que não dá, não tem jeito, desisto e saio sem problema”, concluiu.

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