Rali dos Sertões: trecho complicado

Araguaína – Ontem, na quinta etapa do Rally Internacional dos Sertões, os competidores das categorias motos, carros e caminhões percorreram o trecho mais difícil e com mais acidentes até agora, com 509 quilômetros, entre as cidades de Palmas e Araguaína, em Tocantins, sendo 200 km de trecho cronometrado. Os pilotos que completaram a etapa especial elogiaram bastante a escolha do roteiro. Segundo eles, “agora o rali começou de verdade”. Nas motos, Juca Bala, que largou em primeiro, sofreu uma queda e reclamou de dores na coluna. Não deve continuar na prova. Mesmo quando caiu mostrou estar bem tranqüilo.

“Estou bem, tenho água e estou numa sombra. Estou numa boa”, disse Juca, via rádio para a organização.

Para Tiago Fantozzi, melhor tempo do dia (2h37min46), esta foi uma grande etapa. “Pista travada para mim é bem melhor, em pista de alta velocidade eu levo a pior, minha moto não passa de 120km/h”, afirmou Tiago. “Vi o Juca cair na minha frente. Parei e ele me mandou embora, pois estava tudo bem”, contou.

Vários pilotos ficaram para trás por causa de um outro acidente entre Fabrício Marchesi e Romeu Neto, que se chocaram de frente. Um deles teria errado o caminho e retornado, quando trombou o outro concorrente. As motos ficaram completamente destruídas após o incêndio. O impacto da batida foi tão forte que chegou a sair um pistão do motor. A fumaça do incêndio podia ser vista a quilômetros de distância. Os pilotos foram encaminhados para o hospital da região e passam bem.

O francês Ludovic Boinnard também caiu de moto e bateu a cabeça. Aparentemente está tudo bem com o piloto. O segundo lugar, da categoria motos, ficou com Bernardo Magalhães, 2h44min03 e o terceiro com Jean Azevedo, com 2h45min.

Nos carros, Guilherme Spinelli e Marcelo Vivolo fizeram o melhor tempo: 2h23min54. “Nesta espacial a navegação foi fundamental. Teve muito buracos, batemos a cabeça o tempo todo”, afirmou Guilherme. O segundo lugar ficou com Maurício Neves e Emerson Cavassin, com 2h27min. “Achei que iria ser bem pior”, brincou Maurício. “Ficamos sem câmbio e viemos em 2.ª e 4.ª marchas, estou morto”, concluiu.

Em terceiro lugar chegou a dupla Klever Kolber e Lourival Roldan, 2h29min16. “A navegação foi bem difícil. Erramos em um ponto e perdemos 10 minutos mas o carro rendeu”, disse Klever. O trecho foi considerado muito bom, técnico e difícil pelos pilotos.

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