Ralf Schumacher ganha o GP da Europa

Até a 26.ª volta do GP da Europa, disputado ontem no circuito alemão de Nurburgring, a poucos quilômetros de Kerpen, cidade-natal dos irmão Schumacher, o finlandês Kimi Raikkonen deu a impressão de que venceria a prova com a mesma facilidade com que a liderava desde a largada. Só que o motor de sua Maclaren estourou, e o pentacampeão da Ferrari, Michael Schumacher, que chegaria apenas na quinta colocação, pôde comemorar sua permanência na liderança do campeonato. A festa coube a seu irmão Ralf, da Williams, que venceu fazendo dobradinha com o companheiro Juan Pablo Montoya.

Para o brasileiro Rubens Barrichello, da Ferrari, que largou em quinto, o GP da Europa serviu para celebrar sua volta ao pódio. Ele foi o terceiro colocado, seguido pelo espanhol Fernando Alonso, da Renault, em quarto.

Com os resultados, Michael Schumacher chegou aos 58 pontos no mundial de pilotos, sete de vantagem sobre o vice-líder Raikkonen, que tem 51. Ralf Schumacher é o terceiro, com 43, Fernando Alonso e Montoya dividem a quarta colocação com 39 e Rubinho é o quinto, com 37.

A tarde em Nurburgring não foi boa para os brasileiros Antonio Pizzonia, da Jaguar, e Cristiano da Matta, da Toyota. Pizzonia estava na oitava colocação – que lhe garantiria seu primeiro ponto na F-1 – mas acabou sendo punido, tendo de voltar aos boxes após deixá-lo depois de um pit stop. No fim, cruzou a linha de chegada em décimo. Cristiano da Matta teve problemas no motor de seu carro e abandonou a cinco voltas do fim.

Juan Pablo Montoya, da Williams, e Michael Schumacher, da Ferrari, protagonizaram o melhor momento da prova. Na 41.ª volta, o colombiano, em terceiro, partiu para cima do alemão, então segundo. Ao tentar evitar a ultrapassagem, Schumacher fechou Montoya, os carros se chocaram e o pentacampeão foi parar na caixa de brita. Empurrado pelos fiscais, voltou à prova em sexto e só ganhou uma posição, após o abandono de David Coulthard.

Tudo perfeito para o vencedor da etapa

“Foi tudo perfeito”, resumiu o alemão Ralf Schumacher após a sua vitória no Grande Prêmio da Europa. Também, depois de vencer em casa com relativa facilidade, ele teria que fazer um esforço muito grande para encontrar do quê reclamar. Depois de assumir a segunda posição na largada, ultrapassando seu irmão Michael, ele tinha como grande obstáculo a vitória o finlandês Kimi Raikkonen.

“Foi uma vitória e tanto, que é muito especial depois de duas corridas em que parti na pole e não consegui vencer”, disse o mais novo dos irmãos Schumacher, referindo-se aos GPs de Mônaco e do Canadá. “Acredito que até conseguiria superar Kimi, mas certamente não seria fácil.”

A dobradinha da equipe ainda coroou a renovação do contrato de parceria entre a Williams e a BMW, anunciado na última sexta-feira.

Mais divertido

Depois de mais uma vez deixar a marca de sua ousadia em um GP de Fórmula 1, ao ultrapassar o pentacampeão Michael Schumacher no final da reta dos boxes de Nurburgring, o colombiano Juan Pablo Montoya brincou com o fato de a manobra acontecer na casa do adversário. “Devo dizer que ultrapassar Michael em um GP em sua casa é muito mais divertido.”

Na manobra, Montoya colocou por fora e dividiu a curva com o alemão, que acabou rodando e perdeu três posições. Mas o próprio Schumacher tratou de inocentar Montoya, classificando o toque como um “fato normal”. “Eu atrasei a freada ao máximo, mas deixei o espaço suficiente para ele”, comentou o alemão.

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