Ainda não foi bom

Que sorte, Dunga! Seleção erra, mas acaba passando pela Venezuela

Com mudanças na escalação mas sem alterar muito o jeito de jogar, a seleção brasileira teve mais dificuldades do que deveria para vencer a Venezuela (e ainda bem que foi a Venezuela) por 3×1, ontem, no Castelão, em Fortaleza. Foi a primeira vitória nas Eliminatórias, mas a atuação ainda ficou abaixo do esperado. É preciso melhorar, até porque o próximo jogo é com a Argentina, em novembro, lá em Buenos Aires. Sorte que Neymar estará de volta.

Havia preocupação com cobranças da torcida, mas qualquer risco de pressão acabou aos 36 segundos de jogo. Luís Gustavo roubou a bola na intermediária, a bola sobrou para Willian, que arrancou e chutou forte. Para colaborar com os donos da casa, o goleiro Baroja espalmou para dentro do gol. Era o que a seleção precisava para jogar com mais tranquilidade.

Claro que o rival ajudava a atuar com mais ousadia. A Venezuela, apesar da evolução, ainda é um seleção primária. E contra adversários desse nível, a obrigação é ir pra cima. Foi o que o Brasil fez, enfim – Elias saiu mais para o jogo, Filipe Luís era agressivo no apoio, as jogadas procuravam Ricardo Oliveira. Aos poucos, entretanto, a empolgação foi passando e os visitantes acertaram a marcação. Chances de gol, apenas duas: com Ricardo Oliveira, que mandou em cima de Baroja; e Oscar, que hesitou na frente do goleiro. O camisa 11 ficava devendo de novo, Daniel Alves não subia, Douglas Costa era pouco acionado.

Mas a Venezuela, mesmo tendo espaço para jogar, não conseguia ameaçar muito. O Brasil, em baixa rotação, fez mais um – Filipe Luís rolou, Oscar deixou passar e Willian, disparado o melhor em campo, completou. Jogo resolvido no primeiro tempo?

Mais ou menos

No segundo tempo, o Brasil começou mais solto. Em dez minutos a seleção teve chances com Douglas Costa, Luiz Gustavo e Oscar. Só que o rendimento caiu de novo, e nas bolas paradas a defesa sofria. Por duas vezes Alisson teve que defender, mas na terceira a bola chegou em Santos, que diminuiu a vantagem brasileira.

Óbvio que as vaias vieram. Dunga apostou em Lucas Lima no lugar do apagado Oscar. E para ter o apoio da galera, ia colocar Kaká – mas antes da entrada do meia, Douglas Costa acertou o cruzamento e Ricardo Oliveira marcou para, ufa!, resolver a parada. O camisa 10 entrou, como o último momento de animação da torcida, que gostou da vitória, mas nem tanto do que viu.

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