Quatro mil no ?time? da São Silvestre

São Paulo – Considerada a principal prova de rua da América Latina, a Corrida Internacional de São Silvestre atrai os melhores atletas de todo Brasil e de dezenas de outros países. São 15 mil competidores percorrendo as ruas e avenidas da capital paulista no último dia do ano em busca da vitória pessoal, aquela que não depende de classificação. Um evento como este, mostrado ao vivo para todo o País, só acontece graças à infra-estrutura capaz de dar a segurança e suporte necessários para a prova – que completará sua 82.ª edição no dia 31 de dezembro.

A prova mobiliza quase 4.500 profissionais em sua estrutura. São 2.600 homens e mulheres da Polícia Militar, 1.350 pessoas no staff, 150 agentes da Guarda Civil Metropolitana, 200 integrantes da CET, 130 da SPTrans, 150 da equipe médica, 20 pessoas para o antidoping e cinco na assessoria de imprensa da corrida para garantir que tudo corra bem nas duas provas. Todo esse pessoal está acostumado a grandes eventos, em especial à São Silvestre, o que assegura total segurança.

Mas os números da prova não param por ai. São 3 mil grades para fechar as ruas, 1.500 metros lineares de tela, 1.200 cavaletes de trânsito, 200 banheiros químicos, dois quarteirões de arquibancadas, 12 ambulâncias, 25 toneladas de gelo, 432 mil copos de água de 300 ml, 15 mil lanches, medalhas, camisetas, sacolas para os kits e chips para controle do tempo.

Marílson dos Santos fora da prova

São Paulo – Ainda se recuperando de uma lesão no pé direito e fora da tradicional Corrida de São Silvestre, o brasiliense Marilson Gomes do     s Santos, que virou personalidade do esporte mundial ao ganhar a Maratona de Nova York, em novembro, já sonha com a temporada de 2007. O objetivo do atleta é buscar medalhas nas provas dos 5 mil e nos 10 mil metros dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro.

Campeão da São Silvestre em 2003 e em 2005, seria natural Marilson tentar o tricampeonato da competição, disputada no último dia do ano pelas ruas de São Paulo. A lesão (fascite plantar) e o esforço feito para se tornar o primeiro sul-americano a vencer a Maratona de Nova York impediram, porém, que o atleta participasse da prova.

Marilson e o técnico Adauto Domingues ainda estudam o calendário de 2007. É certo que o atleta participará de uma maratona no primeiro semestre, mas a prova ainda não está definida. O objetivo é conseguir o índice para a Olimpíada de Pequim, em 2008. A prioridade do ano, no entanto, serão as provas de pista de 5 mil e de 10 mil metros.

?Preciso ficar 100% porque o Pan vai ser muito importante. Quero lutar por medalhas e melhorar meus tempos?, disse o atleta, que retomou os treinamentos com cautela, enquanto ainda trata da contusão. ?Dependendo da definição de meu calendário, vou fazer uma preparação especial em altitude, na cidade de Paipa, na Colômbia?.

Marilson teve uma temporada excepcional em 2006 e seu desafio é tentar melhorar ainda mais em 2007. Além da brilhante vitória em Nova York, com o tempo de 2h09min58s, o atleta de 29 anos estabeleceu dois recordes sul-americanos: 13min19s43 nos 5 mil, em Askina, na Alemanha, no dia 8 de junho; e 27min48s49 nos 10 mil, em Neepelt, na Bélgica, três dias antes. Em sua estréia nos Jogos Pan-Americanos, em Santo Domingo, em 2003, ele ganhou duas medalhas: bronze nos 5 mil e prata nos 10 mil.

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