Pelé ajuda crianças e adolescentes com câncer

Há exatos 50 anos, um gol inaugurava uma nova era no esporte internacional. No dia 19 de junho de 1958, em Gotemburgo, na Suécia, a seleção brasileira apresentava ao mundo o futebol de Pelé.

Brasil e País de Gales faziam um jogo truncado pelas quartas-de-final da Copa do Mundo. Mas aos 21 minutos do 2.º tempo, um garoto de 17 anos decidiu desequilibrar não só a partida, mas todo o contexto do futebol no planeta.

O passe de Didi veio, como sempre, na medida. E nem o mar de chuteiras galesas dentro da área conseguiu parar Pelé. Com um drible, que até hoje ninguém consegue explicar direito (lençol, chapéu?), ele deixou dois zagueiros para trás, antes de bater com força, na saída do goleiro.

Foi o primeiro dos 12 gols do Rei em Copas do Mundo.

A carta de apresentação daquele que se consagraria o maior jogador da história do futebol, o principal atleta do Século 20.

Medalhas

Cinqüenta anos depois, os gols de Pelé continuam dando alegria aos brasileiros, salvando vidas de crianças e adolescentes com câncer. Lançado em dezembro de 2007, o projeto ?Gols pela Vida? criou medalhas de ouro, prata e bronze relativas a cada um dos 1.283 gols marcados pelo Rei.

A que representa aquele, contra o País de Gales, e as de outros gols históricos serão leiloadas ainda este ano, nos Emirados Árabes. Outras estão à venda no endereço www.golspelavida.org.br. Os recursos são todos repassados ao Hospital Pequeno Príncipe.

Críticas

Falta treino à seleção brasileira, na opinião de Pelé, que seria homenageado no Mineirão, em Belo Horizonte, ontem à noite, antes da partida entre Brasil e Argentina, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010. Questionado sobre o esquema tático adotado pelo técnico Dunga, Pelé evitou alfinetar o técnico, mas lembrou que o Brasil ?nunca foi time de jogar com jogadores demais no meio do campo, se defendendo?.

?A seleção e os times brasileiros sempre jogaram atacando. Realmente assusta, mas o problema do Brasil, neste momento, eu não acho que são os jogadores, a formação da equipe, o tipo de jogo. O problema do Brasil é que ele não treina. Acho que poderiam escalar os melhores craques, mas sem treinar, sem se conhecer, fica muito difícil?, destacou.

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