Por pouco

Tricolor escapa da degola por um ponto e diretoria já se mexe pra 2017

Torcida do Paraná levou faixa de protesto na derrota para o Tupi. Foto: Hugo Harada

“Nenhuma vitória irá superar a humilhação que estão nos fazendo passar. Primeira Divisão já”. A frase levada em uma faixa pela torcida do Paraná no jogo da última sexta-feira (25), contra o Tupi, na Vila Capanema, na despedida da Série B do Campeonato Brasileiro deste ano, reflete o sentimento do torcedor paranista, que viu mais uma vez o Tricolor apático em campo na derrota sofrida por 2×0 para a equipe mineira, que já estava rebaixada à Série C.

Uma vitória diante do Tupi não apagaria a campanha ruim do Paraná na segunda divisão, a pior da sua história. O time paranista, comandado pelo técnico interino Fernando Miguel e recheado de garotos, fez um péssimo jogo e acabou sendo derrotado pela equipe de Juiz de Fora. Rodrigo Lobão e o ex-jogador do Tricolor, Marcos Serrato, marcaram no segundo tempo os gols que deram a vitória para a equipe mineira na Vila Capanema.

Com mais um revés, o Tricolor, depois do término da última rodada, fechou sua participação na Série B com apenas um ponto de vantagem para o Joinville, que foi o primeiro time rebaixado para a terceira divisão do ano que vem. O JEC, apesar de ter vencido seu compromisso contra o Vila Nova, acabou rebaixado por causa da vitória do Oeste fora de casa diante do Náutico. Isso prova que, neste ano, o Paraná correu sério risco de cair para a Série C do Brasileirão.

O duelo contra o Tupi foi acompanhado de perto pelos novos comandantes do futebol paranista para a próxima temporada. Rodrigo Pastana, dirigente do Guarani nesta temporada e que se desligou do Bugre no meio da semana passada, deve ser o novo executivo de futebol do Tricolor. Ao seu lado, o Paraná deve contar com o ex-jogador Tcheco, que recentemente trabalhou no Coritiba como técnico do sub-23 e no clube deve ser o novo diretor de futebol.

Apesar da presença dos dois profissionais na partida da última sexta-feira, na Vila Capanema, o Paraná ainda não confirma a informação de maneira oficial. Através do seu site oficial, anunciou apenas a saída de Helcio Alisk, que era responsável, desde junho deste ano, pela superintendência de futebol do Tricolor. O profissional voltará a exercer sua função de empresário no cenário do futebol brasileiro.

Para os primeiros quatro meses do ano, apesar de ter a Primeira Liga pela frente logo em janeiro, o Paraná Clube deve contar com um investimento menor no futebol para, na Série B, potencializar seu gasto para mais uma vez voltar a brigar pelo acesso à Primeira Divisão. Assim, a primeira missão de Tcheco e Rodrigo Pastana, ao lado do presidente Leonardo Oliveira, será definir a comissão técnica paranista para a temporada de 2017.

Os auxiliares-técnicos Fernando Miguel e Ageu Gonçalves, que fazem parte da comissão técnica permanente do Tricolor podem continuar no cargo. “Vou vender um pouquinho meu peixe. Todas as vezes que eu assumi, eu assumi em momentos bastante turbulentos, com jogadores suspensos, vindo de derrotas. Nunca trabalhei para ninguém, para diretor ou para gente. Trabalhei para o clube. O objetivo sempre é esta camisa, para que o clube cresça e tenha objetivos maiores”, declarou Miguel, após a partida contra o Tupi.

Apesar da vontade de permanecer no comando técnico do Paraná, Fernando Miguel não deverá ser efetivado. o nome do técnico Wagner Lopes foi dado como certo por um portal de São Paulo. A informação, no entanto, não foi confirmada pela diretoria, que garantiu que um novo comandante será anunciado nos próximos dias. “Vai ser contratado um técnico e nos próximos dias vai ser de grande definição”, finalizou o presidente Leonardo Oliveira, em entrevista à Rádio Banda B.