Desafio!

Recém contratado, Demerson tem ‘vestibular’ pelo Tricolor

Vestibular aos 29 anos? Pois é isso mesmo que o zagueiro Demerson vai encarar no Paraná Clube. Recém-contratado, Demerson tem contrato só até o fim do Estadual. Ele tem estes dois meses para mostrar para a diretoria e comissão técnica que tem futebol para permanecer no Tricolor na disputa da Série B. É um desafio para o zagueiro, que já atuou pelo Coritiba.

“Na minha vida as coisas sempre aconteceram com muita dificuldade. Nunca fugi de desafios e não seria agora que negaria”, afirmou o defensor ontem, antes do treino da equipe no CT Racco. “Espero fazer o meu melhor no dia a dia e provar em campo para, até mesmo antes do fim do contrato, que a gente possa conversar e acertar e ajustar uma sequência”, fala.

Além da vontade de permanecer, outro fato pesa para que Demerson deseje defender o Paraná na Segundona. A esposa do jogador é natural de Curitiba e, por causa disso, o jogador mantém residência fixa na capital paranaense. “Eu precisava voltar a jogar no Brasil. A diretoria me falou que quer me ver trabalhando de perto. Já demonstraram esse interesse em mim para a Série B. Eu topei o desafio imediatamente”, explica.
O defensor ainda assegura que, se estiver regularizado a tempo para o clássico de domingo, contra o Coritiba, no Couto Pereira, está pronto para jogar. “Venho trabalhando desde o início do ano e estou 100% fisicamente”, diz.

Futebol chinês

Em 2015, Demerson defendeu a equipe do Jiangxi Liansheng no Campeonato Chinês. Ele diz que a adaptação ao país asiático foi rápida, mas reconhece que o nível do futebol ainda é baixo.
“Nem todos os atletas chineses são qualificados, eles não têm o mesmo profissionalismo. Se você não estiver focado, pode acabar se acomodando”, revela.

Recentemente, o futebol chinês vem assombrando o mundo com contratações de peso. O campeão brasileiro Corinthians, por exemplo, perdeu para a China atletas como o zagueiro Gil, os volantes Ralf e Elias e o meia Renato Augusto. Para Demerson, a chegada destes atletas deve ajudar a melhorar o futebol lá.

Demerson relatou experiências diferentes que viveu na China e até arriscou algumas palavras em mandarim. “Fui capitão do time, então tinha de falar com os outros jogadores. Mas a questão da entonação das palavras é muito difícil. Dentro de campo tirei de letra, fora foi complicado”. O jogador também conta que recusou iguarias locais, como aranhas, besouros e escorpiões. “O meu tradutor me falava que era bom, mas eu respondia que era melhor ele mesmo comer”, brinca.

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