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Pastana admite erros, mas se defende de críticas no Paraná Clube

Pastana ressaltou que saídas de jogadores não custaram aos cofres paranistas e que acertos e erros em contratações fazem parte da profissão. Foto: Marcelo Andrade

Longe dos holofotes nos últimos tempos, o executivo de futebol do Paraná Clube, Rodrigo Pastana, tem sido alvo de protestos de torcedores nas sedes sociais. O dirigente, então responsável direto pela montagem do elenco e que está passando muitas dificuldades no Campeonato Brasileiro, divulgou uma nota oficial se defendendo de acusações feitas por um torcedor que enumerou diversos erros do cartola e, sobretudo, o que uma possível volta à Série B pode acarretar na vida do Tricolor.

Na nota divulgada por esse torcedor, há primeiramente o elogio ao trabalho de Pastana no ano passado, quando conseguiu montar um time competitivo e que conquistou o acesso à primeira divisão, sem ter dinheiro em caixa. É ressaltada ainda a melhora financeira do clube para 2018, já que houve o aumento de receita de televisão e novos patrocinadores foram conseguidos por conta do calendário mais atrativo.

Além disso, o Tricolor, neste ano, conseguiu aderir ao Profut e ao ato trabalhista. Neste caso, 20% das suas receitas apenas estão sendo destinadas para os pagamentos das inúmeras ações trabalhistas acumulada nos últimos anos. Certamente este fato tem feito a diferença para que o time paranista consiga manter sua vida financeira em ordem.

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Mas a crítica mais pesada acontece na escolha dos jogadores deste ano. Foram 32 contratações até agora e vários atletas já dispensados. Muitos não deram certo e seguem ainda no clube. Na nota, o torcedor pontua a queda de receita que o Paraná terá caso seja rebaixado. Segundo ele, haverá a perda de R$ 39 milhões no ano em caso de queda.

Resposta

Pastana fez uma nota oficial para se defender das críticas. O cartola confirmou que algumas contratações que não deram certo não oneraram o caixa do Paraná Clube. Além disso, ressaltou que o Tricolor conseguiu adquirir os direitos federativos do goleiro Richard que, no ano passado, foi um dos destaques do time a campanha do acesso.

“Ainda, foram efetuados alguns empréstimos e que podem nos render receita futura, como são os casos das cessões temporárias dos atletas Alemão, Luís Otávio, Minho, Vitor Feijão e Felipe Augusto. Houve também um empréstimo oneroso, de Cristovam para a Coreia do Sul, negociação esta que nos permitiu a contratação definitiva do goleiro Richard. Dos atletas emprestados, o único que não teve oportunidades foi Diego Tavares, que retornou devido a uma lesão de joelho e está sendo tratado pelo nosso departamento médico”, diz um trecho da nota.

O dirigente admitiu alguns erros, mas voltou a falar do orçamento reduzido do Paraná Clube para formar seu elenco para a disputa do Brasileirão. O cartola ressaltou que essa política pés no chão faz parte da política da diretoria a fim de evitar problemas já vistos em outras gestões do clube.

“Erros e acertos são inerentes à profissão, mas acusações profanas levianas as que circularam em vários grupos de conselheiros e torcedores merecem resposta. Nosso orçamento (folha salarial) não passa de R$ 1,2 milhão por mês, e o custo final não chegará nem próximo da arrecadação anual do Paraná Clube”, afirmou.

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“Estamos construindo um Paraná Clube muito diferente daquele visto anteriormente, onde o trabalho é feito por pessoas profissionais, com experiência no mercado e onde as decisões são tomadas de maneira planejada, racional e consciente. A verdade está nas ações feitas no dia a dia, por quem trabalha pelo clube e não por quem está fora dele”, reforçou ele.

Rodrigo Pastana também comentou sobre o aumento do orçamento do Paraná em 2018 e que permitiu o investimento na estrutura física dos locais de treinamento e da Vila Capanema.

“Nosso orçamento foi aumentado em 25% do Paranaense para o Brasileiro e as contas (salários e despesas) estão em dia. Além disso, foram pagos, somente em 2018, quase R$ 9 milhões do passivo trabalhista do Paraná Clube. Valores conquistados pela mesma gestão que construiu 2017 com menos de R$10 milhões e multiplicou este orçamento em quatro vezes para esta temporada, com a conquista do acesso”, encerrou o dirigente.

Confira a nota de Pastana na íntegra:

Nos últimos dias, circulou em Redes Sociais (WathsApp) uma nota citando uma série de números – infundados – sobre a administração do futebol do Paraná Clube. E como informações equivocadas induzem o leitor à erro, numa prática comum a certas pessoas, que se escondem atrás de seus computadores para propagar inverdades, importante fazer alguns esclarecimentos sobre o assunto.

Elenco

Em 2018, foram realizadas 32 (trinta e duas) contratações, além da aquisição dos direitos federativos do goleiro Richard, um dos destaques do Paraná Clube na campanha do acesso.

Destes atletas, 10 (dez) deixaram o clube por empréstimo ou rescisões, sem custo algum ao Tricolor. Rafael, Matheus Pereira e Luan Viana saíram em razão do término do contrato. Os outros jogadores que deixaram o clube (Alemão, Neris, João Paulo, Márcio, Diego, Lucas Fernandes e Zé Carlos) saíram de forma consensual.

Ainda, foram efetuados alguns empréstimos e que podem nos render receita futura, como são os casos das cessões temporárias dos atletas Alemão, Luís Otávio, Minho, Vitor Feijão e Felipe Augusto. Houve também um empréstimo oneroso, de Cristovam para a Coréia do Sul, negociação esta que nos permitiu a contratação definitiva do goleiro Richard. Dos atletas emprestados, o único que não teve oportunidades, foi Diego Tavares, que retornou devido à uma lesão de joelho e está sendo tratado pelo nosso Departamento Médico.

Mantivemos outros 09 (nove) atletas, entre eles 03 (três) lesionados (Jhony Santiago, Diego Tavares e Guilherme), e outros 03 (três) jogadores da nossa Base (Jhonny Lucas, Gabriel Pires e Murillo Lopes).

Valores

Nosso orçamento foi aumentado em 25% (vinte e cinco por cento), do Paranaense para o Brasileiro, e as contas (salários e despesas) estão em dia. Além disso, foram pagos, somente em 2018, quase R$ 9 milhões do passivo trabalhista do Paraná Clube.

Valores conquistados pela mesma gestão que construiu 2017 com menos de R$10 milhões e multiplicou este orçamento em quatro vezes para esta temporada, com a conquista do Acesso.

O clube investiu próximo de R$ 2 milhões em estrutura, tecnologia, contratação de profissionais e melhoria dos nossos campos, no Ninho da Gralha, no Boqueirão e na Vila Capanema.

Análise

Erros e acertos são inerentes à profissão, mas acusações profanas levianas as que circularam em vários grupos de conselheiros e torcedores merecem resposta. Nosso orçamento (folha salarial) não passa de R$ 1,2 milhão por mês, e o custo final não chegará nem próximo da arrecadação anual do Paraná Clube.

Estamos construindo um Paraná Clube muito diferente daquele visto anteriormente, onde o trabalho é feito por pessoas profissionais, com experiência no mercado e onde as decisões são tomadas de maneira planejada, racional e consciente.

A verdade está nas ações feitas no dia-a-dia, por quem trabalha pelo Clube e não por quem está fora dele.

Grato,
Rodrigo Pastana
Executivo de Futebol
PARANÁ CLUBE

Confira a carta de reclamação do torcedor:

O Custo Pastana – 2018

Prezados colegas, amigos e tricolores. Faço este texto com o intuito de alerta-los da forma mais profunda possível sobre o que está acontecendo e pode vir acontecer naquilo que o Tricolor mais tem de crítico nos últimos anos, as finanças!

Não raras as vezes é possível ver diretores, pessoas próximas a direção, imprensa, sócios e torcedores tentando passar a imagem de sensatos, alegando que o que está ocorrendo no clube hoje é um função de um cuidado que nunca tivemos antes com as finanças.

Pois bem, esse texto é um contraponto a tudo isso e serve para mostrar o quão nocivo pode ser na prática esse discurso bonito e politicamente correto.

Não digo que o clube não tenha que ter cuidados com as finanças, é claro que tem que ter, mas pra isso, se faz necessário uma gestão adequada, mais ousada e que saiba calcular riscos em todos os cenários possíveis para depois tomar a decisão de qual é o melhor caminho. Será que a direção tomou o melhor caminho com o Pastana?

Vejamos…

Em 2017 montamos um time qualificado, que jogava com vontade. Mesmo tendo sido eliminado do Estadual e da Copa do Brasil, a sensação que ficava era de que o time fez seu melhor e que, o resultado não tendo sido o melhor possível, foi por situações casuais do esporte.

Pois bem, essa sensação estava certa, fato confirmado com o acesso no fim de 2017.

Vale ressaltar que esse time foi montado com orçamento basicamente zero, com contas bloqueadas, cotas de TV penhoradas.

Para 2018 o cenário se desenhou muito superior ao de 2017.

* Verba de TV de série A
* Verba de Patrocínios de Seire A
* Elenco formado pra manter a base
* Previsão de drástico aumento de receita com planos de sócios e bilheteira, por razões obvias.

E o mais importante…. Paraná Clube inserido no programa ProFut e no Ato Trabalhista, o que garantia ao clube 80% de toda verba liberada.

Em resumo: 2018 é o ano de maior orçamento da história do Paraná Clube!

Um cenário perfeito para o clube se manter na série A, garantir para 2019 mais um ano recheado de verbas televisivas, patrocínios, sócios, bilheterias e afins.
Tudo caminhava bem, mas esquecemos do Custo Pastana, ou podemos chamar de Custo Incompetência

Agora saindo daquilo que se projetava para 2018 e vindo para o que de fato esta acontecendo.

Elenco

* Foram contratados 37 jogadores até aqui

* 22 deles já foram dispensados

* 6 deles estão no elenco sem jogar, ou mesmo sem sequer ser relacionados

Quanto custa cada um deles só estando lá dentro pra saber ao certo, mas com certeza juntando salário + impostos + despesas trabalhistas pela dispensa + multa de rescisão de contrato não é barato! Não é nenhum exagero que do início do ano até aqui o clube já gastou mais ou menos 3 milhões de reais com esses jogadores.

Patrocínio

Uma eventual queda para a série B, vai acarretar em outra queda, a de arrecadação com patrocínios.
Só para se ter uma ideia, hoje na série A temos a Zaeli e a Philco como patrocinadores que não tínhamos ano passado. Não é de se duvidar que caindo pra Série B, eles vão embora: Lá se vão mais 2 milhões no ano.

A CEF é nossa patrocinadora Master, e paga R$ 5 milhões para o clube, por estar na série A.

O Coritiba recebia R$ 6 milhões ano passado na série A, hoje está recebendo R$ 4,5 milhões por ter caído pra série B, isso sem falar da correção que haveria no contrato de seis milhões caso o Coritiba tivesse ficado na série A. Mais 2 milhões na conta (por baixo).

Sócios e Arrecadação

Hoje temos o segundo menor quadro de sócios da série A, e a segunda pior medida de publico da série A.

Como seriam essas questões se tivéssemos um time mais qualificado?
Com certeza muito melhor!

Ano passado, na série B, fechamos com medida de público um pouco superior a 10.800 pessoas. Hoje na série A está com aproximadamente 5.500 pessoas (metade), sendo que nos últimos 3 jogos em casa não levamos muito mais que 4.000 pessoas. Com esse time a tendência é cair ainda mais…

Ano passado, com a média de 10.800 faturamos em renda bruta R$ 4.600.000,00.

Fazendo um cálculo simples, a média atual (e que esta em queda) de 5.500 torcedores é 50% menor que a da série B do ano passado. Justamente num ano cuja expectativa era aumentar a arrecadação em 30%. Ou seja, uma perda total de R$ 3.680.000,00.

Verba de TV

A verba de TV da série B é de R$ 6 milhões.
A verba mínima para jogar a série A é de R$ 30 milhões. Ou seja, lá se vão mais R$ 24 milhões de reais.

Premiação Copa do Brasil

O time medíocre montado por Pastana fez o Paraná cair na primeira fase da Copa do Brasil para o Sampaio Corrêa, atual vice lanterna da série B.

Todos sabem que a Copa do Brasil teve sua premiação turbinada esse ano.
Em 2017 já era uma ótima premiação, esse ano ficou muito melhor.

Ano passado o Paraná faturou R$ 2.3 milhões com a Copa do Brasil, se tivesse passado por Sampaio Corrêa, Ponte Preta e Náutico esse ano, teria faturado R$ 7.5 milhões. Lá se foram jogados fora mais R$ 5.2 milhões! (Fora a arrecadação em bilheteria).

Somadas todas as perdas aqui colocadas temos nada menos que uma perda de R$ 39.900.000,00 em arrecadação!

Esse é o Custo Pastana em 2018!

Não me parece ser um dinheiro que o Paraná Clube possa jogar fora por teimosia e insistência com um cidadão que nada mais é que mais do mesmo. Um Vava com grife!

Esse mesmo diretor que disse que não ia fazer leilão pra ficar com jogadores do time do ano passado, pois o clube está numa nova fase, uma fase, segundo ele, de responsabilidade com os gastos!

Pastana custa ao Paraná apenas em 2018 e projetando 2019, R$ 39,9 MILHÕES!!!!
Ah, mas o que vale mesmo é ver a Copa lá na Rússia!