Sem tempo para errar

“Paranistas do Bem” podem sumir se Bohlen não renunciar

A única alternativa apresentada na crise institucional do Paraná Clube está prestes a desaparecer. Prometendo investir R$ 4 milhões caso o presidente Rubens Bohlen renunciasse ao cargo, o grupo autodenominado “Paranistas de Bem” pode estar com os dias contados. A resistência do dirigente em deixar o cargo colocou em xeque a continuidade do projeto.

Na última sexta-feira, Bohlen pediu trinta dias ao Conselho Deliberativo do Paraná para apresentar as propostas que tem para o clube.

O líder do grupo, Carlos Werner, se diz cansado de esperar, e afirma que se até quinta-feira Bohlen não apresentar algum plano ou não desistir do cargo, o grupo irá acabar. “É muito desgaste. O prazo de trinta dias se encerra em abril, e em maio já começa a Série B e então nosso projeto não vai mais ser viável”, afirma Werner.

A maior preocupação é com a estruturação da equipe para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série B, que tem início no dia 9 de maio. Segundo o vice-presidente da organizada Fúria Independente e um dos responsáveis pela mobilização do grupo, João Quitéria, as chances do Paraná iniciar a disputa em condições negativas é grande. “Não podemos esperar todo esse tempo. Não dá pra entrar na competição com salários atrasados e sem um elenco montado”, reclama.

O presidente do Conselho Consultivo, Benedito Barboza, também esperava pela renúncia de Bohlen, mas afirma que agora se deve respeitar a posição do presidente. “Já está tarde para montar uma equipe para a Série B. Mas o Rubens continua sendo o presidente e vamos respeitar o prazo que ele pediu para apresentar o projeto e acredito que ele vai conseguir”.

No sábado, o Paraná empatou sem gols com o Londrina, no Estádio do Café. Agora o time enfrenta o Operário, no domingo, em Ponta Grossa.