Tá difícil!

Paraná Clube não dá esperanças ao torcedor

Enquanto Jadson comemora, René Santos retrata o desalento tricolor. Faltam dez jogos, e agora só um milagre salva o time da degola. Foto: Dhavid Normando/Estadão Conteúdo

Ainda é possível acreditar? O Paraná Clube deu mais um passo para um triste rebaixamento no Brasileirão ao perder nesta segunda-feira (8) pelo Fluminense por 4×0, no Maracanã. Com apenas dez jogos para o final do campeonato, a situação tricolor é desesperadora, e depende de um milagre pra escapar da degola. Mas com 14 partidas sem vencer e jogando pouco, será que dá pra crer numa reviravolta épica?

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Firme na postura de colocar em campo quem mostrava mais “sangue nos olhos”, Claudinei Oliveira manteve praticamente o mesmo time que empatara com o Vasco na segunda passada. Leandro Vilela seguia improvisado na lateral e Juninho e Deivid improvisados no meio-campo. Só Renê Santos recuperou o status de titular na defesa. O plano era encarar o Fluminense. Mas quando os cariocas atacavam, o Tricolor se fechava inteiro.

O posicionamento atrás da linha da bola era a marca da estratégia paranista. Com o adversário abrindo dois extremas e buscando confundir a marcação, o plano era jogar com simplicidade. Haveria mais espaço para contra-atacar, e o Flu tinha dificuldades que permitiam acreditar que uma hora ou outra pintaria uma oportunidade real de gol. Mas era esperado que quem ficasse mais com a posse da bola fosse o tricolor do Rio. E até a metade do primeiro tempo o Paraná só chegou uma vez ao ataque, e foi praticamente no primeiro lance do jogo.

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Deivid foi 'engolido' por Ayrton Lucas. Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC
Deivid foi ‘engolido’ por Ayrton Lucas. Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC

Aí voltava a ser um jogo perigoso, com a bola rondando toda hora a área defendida por Richard. E deu no que deu. Aos 34 minutos, após um corte errado da defesa, Marcos Júnior tocou para Jadson, aquele ex-Atlético, que tocou com muita categoria, sem chances para o goleiro. Lá estava o Tricolor atrás no placar. E logo depois Richard, o volante do Flu, ampliou num chute de longe que desviou em Renê Santos e entrou.

Com 40 minutos, o Paraná era um time entregue. O plano de jogo tinha ido para o espaço, Claudinei estava à beira de um treco, os jogadores não sabiam o que fazer. Richard tinha que se virar para não levar mais um gol. O panorama voltava a ser desesperador, e o primeiro tempo nem tinha acabado. Depois de dois milagres do goleiro, o 2×0 contra acabou sendo até um alívio.

Veio a etapa final e o pedido do treinador era de “atitude”. Mas com apenas dois minutos, numa rápida troca de passes, Everaldo rolou para Jadson, que chutou forte e marcou o terceiro. Mais que qualquer coisa, o Tricolor era tecnicamente frágil. E, sem reação, parecia prestes a sofrer mais gols.

Não era o caso de se cobrar postura dos jogadores. Havia indignação, havia luta, mas faltava bola. Alguns estão abaixo do que um time de primeira divisão precisa para fazer uma campanha minimamente razoável. E os que têm mais qualidade, como Richard, Alex Santana, não tinham como compensar. Nem Claudinei Oliveira, que fazia de tudo, mas não mais do que um treinador pode fazer – e amargava a décima partida sem vitória desde que assumiu o Paraná.

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Aguardar o final do jogo se tornou uma agonia – por sinal, é uma palavra cada vez mais ligada à situação paranista. Não havia esperança de qualquer reviravolta em campo, mesmo com o Fluminense nitidamente tirando o pé. Assim como as esperanças da fuga do rebaixamento vão se apagando dia após dia. No Maracanã, palco de tantos grandes momentos, inclusive do Tricolor, a noite terminava triste. De novo.

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