Não tá fácil

Paraná Clube amarga mais um fracasso em leilão da Vila Olímpica do Boqueirão

Sede do Boqueirão ainda tem futuro indefinido. Foto: Jonathan Campos

Pela terceira vez, o Paraná não conseguiu vender a sede social do Boqueirão. Um terceiro comprador, que também arrematou em leilão a área em frente do estádio da Vila Olímpica, igualmente desistiu do negócio.

A Conforto Imóveis venceu o leilão com oferta de R$ 7 milhões, mas ainda precisava confirmar a compra. Entretanto, com receio de que o clube embargue a negociação, por causa do valor menor do que o estabelecido pela Justiça pela área, R$ 9,1 milhões, o grupo deixou o negócio.

Enquanto isso, o Tricolor encontrou outro comprador para a área de 22 mil metros quadrados e já solicitou autorização para realizar a venda judicial do imóvel. O prazo do pedido se encerra no dia 26/7.

Só em 2017, o terreno foi a leilão por quatro vezes, nenhum bem sucedido. Na primeira tentativa, em 30 de março, uma empresa de São Paulo arrematou a sede por R$ 9,1 milhões – metade do valor inicialmente estimado da área, de R$ 18,1 milhões.

Contudo, já que os compradores fizeram um lance condicionado, foi possível desistir da negociação sem justificativa oficial. Decisão que foi tomada após terem visitado a sede no dia seguinte ao negócio.

Sede do Boqueirão está sendo depredada, enquanto aguarda um comprador. Foto: Gerson Klaina
Sede do Boqueirão está sendo depredada, enquanto aguarda um comprador. Foto: Gerson Klaina

No segundo leilão, realizado em abril, a empresa Ônix Empreendimentos adquiriu a sede por R$ 9,25 milhões. No entanto, o valor foi pago com dois cheques sem fundo, e o acerto acabou cancelado pela Justiça.

A empresa foi notificada a se pronunciar e o Tricolor exige que os investidores assumam o lance feito. Caso contrário, o clube pretende tomar medidas judiciais e denunciar a Ônix Empreendimentos ao Ministério Público e à Polícia Federal.

Na terceira, não houve ofertas pela sede, o que preocupou a diretoria do Paraná. A expectativa é utilizar o valor da venda do imóvel para pagar dívidas e liberar recursos bloqueados por ações trabalhistas que o clube enfrenta na Justiça.