Fala, profe!

Mesmo com duas vitórias, Wagner Lopes mantém discurso de cautela

Ítalo, que deu até uma lambreta que levantou o estádio, ganha a jogada sobre Laécio, lateral do Foz. Foto: Henry Milleo

O papel do treinador, em meio à euforia generalizada, é de manter os ânimos serenados. E foi com o semblante de quem quer realmente segurar a onda que Wagner Lopes falou com os jornalistas após a goleada deste domingo (29) do Paraná Clube sobre o Foz do Iguaçu por 5×0, na estreia tricolor no Campeonato Paranaense. Satisfeito com o rendimento do time nas duas partidas em duas competições (no Estadual e na Primeira Liga), ele festejou o resultado do trabalho da pré-temporada, e admitiu que poderá de novo reformular o time na partida contra o Cianorte, quinta-feira (2), também na Vila Capanema.

“Estamos trabalhando concentrados desde o dia 2 de janeiro. São 27 (até domingo) dias de pré-temporada, em que ficamos buscando encontrar uma filosofia, criar essa identidade. Estamos no começo deste trabalho, e estamos indo bem”, comentou o treinador. A mudança radical na escalação, segundo ele, teve duas explicações. A primeira foi técnica. “Eu preciso avaliar o trabalho de todos, a gente precisa conhecer como cada atleta atua”, disse. A segunda foi física. “Nós temos uma avaliação física que mostra o potencial de cada atleta, o risco que podemos correr, e aí decidimos até onde podemos ir. Por isso decidimos preservar alguns atletas”, comentou o técnico.

Os que mais preocuparam após o primeiro jogo, como Vítor Feijão (que sentiu dores no tornozelo), Leandro Vilela e Gabriel Dias, sequer foram para o banco de reservas neste domingo. Outros, como Renatinho e Diego Tavares, não só foram opções como acabaram entrando na etapa final, quando o Paraná já vencia por 3×0. A terceira alteração, a entrada de Alesson, aconteceu num plano diferente do imaginado por Wagner Lopes. “Eu pensei em uma situação, mas tive que mudar porque o Ítalo reclamou de dores, e aí preferi tirá-lo do jogo”, explicou.

Tendo usado 19 atletas em duas partidas, Wagner Lopes vê um saldo positivo, mas um caminho bem longo pela frente. “Ainda temos muito a fazer, estamos no início da construção desta nossa identidade, de buscar uma forma de dar alegrias ao nosso torcedor”, completou o técnico paranista.