Na mesma rota

Martelotte tem campanha semelhante à de Claudinei

Treinadores do Tricolor na Série B não conseguiram deslanchar. Fotos: Albari Rosa/Hugo Harada

Prestes a iniciar o segundo turno da Série B do Campeonato Brasileiro, o técnico Marcelo Martelotte, apesar da sequência de jogos que enfrentou nesses quase dois meses a frente do comando do Paraná, terá que melhorar seu rendimento caso queira viver dias tranquilos. Isto porque o seu aproveitamento é muito parecido com o do técnico Claudinei Oliveira, que comandou o Tricolor nas oito primeiras rodadas da Segundona e foi demitido depois da goleada por 5×1 sofrida para o Náutico, em Recife.

No comando do Tricolor nas últimas dez rodadas, Martelotte tem 43% de aproveitamento. Foram apenas três vitórias, quatro empates e três derrotas. Com Claudinei, a equipe paranista teve 41% de rendimento. Em oito jogos, foram duas vitórias, quatro empates e duas derrotas.

Se a diretoria mostrar a mesma falta de paciência que teve com o antigo treinador, o atual comandante do Tricolor terá que reagir imediatamente, a começar no duelo contra o Brasil de Pelotas, dia 19, na Vila Capanema. Caso contrário, Marcelo Martelotte pode viver dias de pressão.

Ainda no ano passado, quando o Paraná Clube traçou seu planejamento para esta temporada, Claudinei Oliveira participou de todo o processo de montagem do elenco, mas, na primeira crise na segunda divisão acabou sendo demitido pela cúpula paranista. Na ocasião, o presidente Leonardo Oliveira afirmou que o clube estava fazendo uma correção de rota no seu departamento de futebol, já que além do treinador, o superintendente de futebol, Beto Amorim, também foi demitido e Durval Lara Ribeiro, o Vavá, foi afastado das suas funções.

Claudinei aceitou, na disputa do Campeonato Paranaense, trabalhar com um elenco reduzido, recheado de garotos e praticamente sem peças de reposição a altura. O treinador, quando foi apresentado, no início de janeiro, prometeu uma equipe organizada em campo. E foi exatamente isso que se viu. O Tricolor, apesar das dificuldades, chegou à semifinal do Estadual e por pouco não eliminou o Atlético do certame, caindo apenas nos pênaltis.

Para a disputa da Série B, o clube trouxe alguns reforços e, de fato, Claudinei Oliveira não teve um bom aproveitamento, mas na sua demissão, a diretoria escancarou a falta de convicção no projeto do seu futebol. A aposta em Marcelo Martelotte para comandar o Tricolor e no ex-jogador Hélcio para ser o homem forte do futebol do clube, por enquanto, ainda não surtiu o efeito esperado.

Para continuar sonhando com o acesso, o Paraná terá que reforçar seu elenco e, no segundo turno, melhorar consideravelmente seu rendimento para acabar com o sofrimento do torcedor e, quem sabe, voltar à elite.

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