Experiência própria

Inoperante em 2016, ataque do Paraná terá carinho especial de Wagner Lopes

Lúcio Flávio foi o artilheiro do Paraná em 2016, com 16 gols. Foto: Hugo Harada

Depois de ser um dos pontos altos do Paraná no início da temporada, o ataque terminou 2016 com números bem abaixos da expectativa. Uma queda de produção que surgiu ao longo da Série B do Campeonato Brasileiro, quando o Tricolor marcou apenas 39 gols em 38 partidas, sendo 21 de atacantes de ofício.

Porém, ao longo de todo ano os artilheiros ficaram devendo. No total, o Paraná marcou 66 gols em 59 partidas, uma média de 1,11 gol por jogo. Destes, 34, praticamente a metade, foram feitos pelos atacantes. O principal matador paranista em 2016 foi Lúcio Flávio, que balançou as redes adversárias 16 vezes, seguido por Róbson, que foi embora para o São Paulo em setembro, com 12, Fernando Karanga, com 4, e Henrique e Guilherme Queiroz, com um gol cada um.

Números semelhantes, por exemplo, ao do meia Nádson, que mesmo jogando mais fora da área marcou sete gols ao longo da temporada, sendo o terceiro artilheiro da equipe. No total, apenas 18 jogadores fizeram gols em 2016. Um número muito baixo se considerar o tanto de atletas que vestiram a camisa do time em todas as 66 partidas.

Além disso, os atacantes ficaram marcados por outros fatores, como o fato de Lúcio Flávio ter perdido quatro pênaltis ao longo do ano, sendo dois no mesmo jogo, na vitória por 2×0 sobre o Estanciano, pela Copa do Brasil, um três dias depois, nas penalidades na semifinal do Campeonato Paranaense contra o Atlético, e mais um na Série B, na derrota por 2×0 para o Brasil de Pelotas. Todos na Vila Capanema.

Por isso, o técnico Wagner Lopes terá como uma das missões no comando do Tricolor melhorar a pontaria de seus jogadores. E o próprio passado pode ajudar o treinador. Quando jogador, o comandante paranista era atacante e fez quase toda a sua carreira no Japão e chegou a defender a seleção local, onde atuou 20 vezes e marcou cinco gols.

Jogador de velocidade, ele não era um centroavante especialista em fazer gols. Seu foco era mais em dar assistências. Mas costuma montar times que, quando não brigam lá embaixo, vão para cima dos adversários. Foi assim em todas as equipes com as quais disputou os Estaduais. Ou seja, se o Paranaense servirá de laboratório para o Paraná em 2017, a tendência é que o time melhore estes números, algo essencial para quem quer acabar com um jejum de 11 anos sem taça e de dez temporadas na Série B.