Entra e sai

Diretoria do Paraná será reformulada pela terceira vez em um ano

Você se lembra? Beto Amorim foi o primeiro diretor de futebol do Paraná Clube nesta temporada. Foto: Daniel Castellano

Depois de realizar a sua pior campanha na Série B do Campeonato Brasileiro, o Paraná Clube entrará para a próxima temporada com seu departamento reestruturado. Será nada menos do que a terceira troca na gestão do atual presidente Leonardo Oliveira, mas que segue, coincidentemente, com a premissa de trazer profissionais do interior de São Paulo, polo preferido do ex-diretor de futebol do Tricolor, Durval Lara Ribeiro, o Vavá, afastado do cargo em junho.

Desta vez, Rodrigo Pastana, dirigente que conduziu o Guarani no vice-campeonato da Série C e, consequentemente no acesso à Série B, foi o nome escolhido para ser o novo executivo de futebol paranista. Ao seu lado, o ex-jogador Tcheco, revelado, inclusive, pelo Paraná e que recentemente trabalhou no Coritiba, será o gerente de futebol na próxima temporada.

Leonardo Oliveira revelou a necessidade de profissionalizar o departamento de futebol a partir da próxima temporada, quando o Tricolor terá, inclusive, a participação pela primeira vez na Primeira Liga. “A nossa meta é profissionalizar o futebol no ano que vem e esperamos concretizar esse sonho”, apontou o cartola, em entrevista à Rádio Banda B.

A temporada de 2016 começou promissora. Depois de cair na semifinal do Campeonato Paranaense apenas nos pênaltis para o Atlético, e de cravar sua melhor participação recente no Estadual, o Tricolor, depois de um início irregular na Série B, decidiu demitir o técnico Claudinei Oliveira após oito rodadas. Junto com o treinador, saíram também o superintendente de futebol, Beto Amorim e Durval Lara Ribeiro, que era o homem forte do departamento de futebol.

Dias depois, quando apresentou o técnico Marcelo Martelotte e o ex-jogador Hélcio Alisk para ocupar a superintendência de futebol do clube, o presidente paranista declarou que o clube estava fazendo uma correção de rota. Apesar de apresentar, no início do trabalho, sinais de melhora, velhos erros foram vistos, jogadores deixaram o clube e peças de reposição não supriram a necessidade do Tricolor, que viu a chance de conquistar o acesso neste ano ainda menor.

Com um aproveitamento ruim, Martelotte foi demitido e Roberto Fernandes foi contratado. O treinador provou que o ano paranista poderia piorar e, se não fossem os tropeços dos times que terminaram na parte debaixo da classificação, o Paraná poderia ter sido rebaixado com o rendimento pífio de 25% do comandante nos nove jogos em que trabalhou.

Para 2017, com o departamento de futebol profissionalizado nas palavras do presidente Leonardo Oliveira, o Paraná não deve ter um grande investimento para os primeiros quatro meses do ano e concentrará as suas forças novamente no acesso à Primeira Divisão. O primeiro passo da nova diretoria, que deve acontecer neste ano ainda, será a contratação de um novo técnico. Wagner Lopes recebeu sondagens e é o principal nome que aparece para assumir o comando ano que vem.