Paraná pé-quente com seleção

Desde 1968, a seleção brasileira principal passou 11 vezes pelo Paraná. Em nenhuma destas ocasiões, o torcedor paranaense viu o time de camisa amarela ser derrotado. Dois terminaram empatados, os demais, com vitória do Brasil. Em suas duas primeiras partidas no Estado, a seleção não teve uma torcida favorável. Não foi falta de patriotismo ou alguma outra birra. É que no outro lado do gramado do Couto Pereira estava o Coritiba, em 1968, e a seleção paranaense, dez anos mais tarde.

Contra o Coxa, um dos laterais-esquerdos da seleção dirigida por João Saldanha era da casa, Nilo, que defendia o alviverde. Ele entrou no segundo tempo, no lugar de Paulo Henrique, do Flamengo. Naquele dia, as “Feras do Saldanha” venceram por 2 x 1, com gols de Dirceu Lopes e Zé Carlos, ídolos do Cruzeiro.

A exemplo de outras capitais, Curitiba tratou a camisa amarela do Brasil, em 1978, como se fosse o azul e branco da Argentina. É que Cláudio Coutinho, então técnico da seleção, gostava de testar sua equipe contra combinados estaduais. Em 22 de março, foi a vez da seleção paranaense. Empurrados uma vigorosa torcida, o time de Nivaldo, Aladim segurou Zico, Rivelino e o paranaense Dirceu por 89 minutos. No 90.º, entretanto, Nunes fez o único gol do jogo.

Em 1986, Telê Santana era novamente o treinador do Brasil, que estava por embarcar para a Copa do México. A despedida foi de vaias no Pinheirão. Não fosse um gol de Casagrande no final, a seleção teria sido derrotada pelo Chile, que vencia por 1 x 0.

No início dos anos 90, o interior do Paraná finalmente viu a seleção, então treinada por Paulo Roberto Falcão, de perto. Em abril de 91, foi numa vitória sobre a Romênia, por 1 x 0, no estádio do Café, em Londrina. Em setembro de 92, o estádio Waldemiro Wagner, em Paranavaí, foi inaugurado com um gol de Raí. Até hoje, adormece na Prefeitura local o troféu a que o meia fez juz pelo “batismo”. Naquela noite, o Brasil venceu a Costa Rica, por 4 x 2.

Entre um e outro passeio pelo interior, a seleção encontrou a Argentina no Pinheirão. Na memória, ainda ardia o gol de Caniggia que eliminara o Brasil na Copa de 90. Pois em 27 de junho de 1991, Caniggia brilhou de novo. Menos mal que Neto também estava em forma: 1 x 1.

Em 1999, coube a recém-inaugurada Arena da Baixada receber a seleção, agora sob a gestão de Vanderlei Luxemburgo. A Letônia não foi páreo: 3 x 0. O estádio do Atlético, ao que parece, caiu no gosto da CBF, que fez sua equipe voltar para lá em 2001, agora sob as ordens de Luiz Felipe Scolari. O Panamá também não foi páreo: 5 x 0.

Se for incluída na rota a seleção brasileira Olímpica pelo Paraná, a invencibilidade também se mantém: oito vitórias e dois empates. A maior parte desta performance foi estabelecida no pré-olímpico de 2000, em Londrina.

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