Paraná Clube precisa vencer todas para manter sonho de retorno à elite

Além de competência, o Paraná Clube terá que ter muita fé e sorte na reta final da Série B. O bom momento da equipe faz o técnico Roberto Cavalo apostar ainda na “faísca” de uma improvável volta à 1.ª Divisão para 2010.

O primeiro ponto para atingir essa meta seria conquistar aproveitamento máximo nesta reta final da competição. Ou seja: seis vitórias. Mais do que isso, o Tricolor depende de uma verdadeira derrocada de alguns clubes do G4, como Ceará-CE ou Atlético-GO.

“Pode acontecer. Então, temos que fazer a nossa parte”, garante Roberto Cavalo, ainda invicto fora de casa e com um impressionante aproveitamento geral de 62,96%. O desempenho do treinador é superior, por exemplo, ao do Ceará, 3.º colocado da Segundona (61,46%).

Depois de ver seu cargo ameaçado com alguns deslizes pontuais em casa contra Figueirense-SC e Portuguesa-SP , Cavalo conseguiu dar a volta por cima e encontrar uma formação segura e eficaz no ataque, agora formado por um trio de meias-atacantes.

O próprio treinador admite que a missão é espinhosa, mas conta com o apoio da diretoria, com direito a “bicho extra” e a compreensão de um grupo que conseguiu assimilar o seu jeito de ser.

“Isso é algo que não posso prescindir. Se não tivesse o grupo na mão seria o primeiro a pedir pra sair”, comentou o treinador paranista. Cavalo, com esse desempenho, também se candidata para seguir no Paraná para 2010. “Não falamos nada sobre isso. Sei que o clube vai viver uma transição política. Mas, gostaria muito de ter a chance de iniciar um trabalho aqui”, revelou o jogador.

No íntimo, Roberto Cavalo lamenta ter chegado tarde ao Paraná. Com esse elenco, entende que poderia estar brigando de forma mais intensa pelo G4.

“Só estou há um mês aqui. Mas, ainda dá”. Segundo os especialistas, o Tricolor tem chances só matemáticas (veja o quadro).

Isso porque mesmo que vença tudo e chegue aos 63 pontos, o clube ainda dependeria de uma série de combinações.

Ainda mais tendo contra si um saldo negativo (-8) e o pior entre os dez primeiros colocados.

Para superar o Atlético-GO, por exemplo, o Paraná precisaria chegar aos 63 pontos e torcer para o clube goiano não vencer mais do que dois dos seis jogos que disputará.

Nessa situação, o Dragão fecharia com 62 pontos. É claro que, além disso, o Tricolor ainda dependeria de deslizes dos outros cinco clubes que estão imediatamente à sua frente (São Caetano-SP, Bragantino-SP, Ponte Preta-SP, Portuguesa-SP e Figueirense-SC).

“Vamos focar apenas os nossos jogos. Se algo melhor estiver reservado pra gente, o futuro irá dizer”, arrematou Cavalo, já com o pensamento voltado para o jogo do próximo sábado, em Natal, frente ao ABC-RN.