Paes diz que Botafogo não deve devolver Engenhão

O prefeito Eduardo Paes não está disposto a receber o Engenhão de volta do Botafogo. Em entrevista, nesta quinta-feira, ele deixou claro que não pretende assumir a responsabilidade pelo estádio que é administrado pelo clube carioca.

“Acho uma besteira devolver (o estádio), não fui informado de nenhuma decisão formal do clube. Sugiro que a decisão do Botafogo não seja a de devolver um estádio das dimensões do Engenhão, que terá um papel a cumprir”, disse Paes, em referência aos Jogos Olímpicos de 2016, em entrevista à rádio BandNews.

Paes e Assumpção se reuniram na quarta-feira com o intuito de buscar uma solução para o impasse. O presidente do Botafogo não quer se desfazer do Engenhão uma vez que, mesmo com o baixo público nos jogos, o clube aferia lucro superior a R$ 15 milhões anuais com a exploração de contratos comerciais relacionados ao estádio, como espaços publicitários e camarotes.

“Nem por um decreto (a prefeitura arcará com a reforma). A prefeitura está trabalhando para dar uma solução com a maior brevidade possível. E me parece que essa solução é de responsabilidade de quem fez o estádio, e não do município”, disse o prefeito.

Relatos apontavam que o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, foi abordado por Paes sobre a possibilidade de seu clube assumir a gestão do Engenhão e Siemsen se mostrou receptivo à ideia.

Estava agendada para a noite desta quinta-feira, na sede de General Severiano, uma reunião do conselho consultivo, formado por ex-presidentes e grandes beneméritos, para debater a possibilidade de devolução.

Conselheiros do clube, liderados pelo ex-presidente Carlos Augusto Montenegro, pressionam Maurício Assumpção para que o clube rompa o contrato de concessão que lhe dá o direito de gerir a arena até o fim da década de 2020.

O grupo está preocupado com o período, ainda indefinido, em que o estádio precisará ficar fechado para a reforma da estrutura que sustenta a cobertura. Um laudo apontando soluções deve sair em até dois meses.

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