Outro ponto importante nesta reta final de Campeonato Paranaense é a briga contra o rebaixamento. Além da fase mata-mata permitir que os oito classificados entrem quase que em igualdade na disputa pelo título, avançar de fase significa escapar do rebaixamento. Isto porque os quatro últimos colocados automaticamente disputarão o Torneio da Morte, que irá definir os dois rebaixados para a segunda divisão estadual.
Apenas o Toledo já está garantido no quadrangular decisivo contra a degola, com outros nove clubes podendo amargar não só o adeus ao sonho do título, como ter pela frente seis partidas para escabar do rebaixamento.
Nesta próxima rodada, mais duas equipes, dependendo dos resultados, podem fazer companhia ao Porco: Arapongas e Operário. A situação do Arapongão é a mais delicada. Um simples empate já é o suficiente para a equipe entrar no Torneio da Morte. Já o Fantasma tem uma possibilidade bem remota. Só não terá mais chances de chegar entre os oito primeiros se perder para o Cianorte e Atlético e Paraná também vencerem, além de Londrina x J.Malucelli não terminar empatado.
A criação do Torneio da Morte foi um pedido dos times do interior á Federação Paranaense de Futebol (FPF), para que aqueles que não terminassem entre os oito primeiros não fizessem apenas onze partidas em 2014, tendo a oportunidade de jogar por mais um mês e meio. Só que pode haver um “intruso” entre os quatro últimos. Candidatos ao título em um primeiro momento, Furacão e Tricolor podem ter que brigar para não cair. O Rubro-negro, inclusive, só saiu da desconfortável zona no sábado, após bater o J.Malucelli e subir para o sexto lugar.
Primeira edição
O Torneio da Morte não é novidade no Campeonato Paranaense. Na edição de 2004, a forma para definir os rebaixados também foi utilizada. Na ocasião, a competição contava com 16 times, divididos em dois grupos de oito. Os dois piores de cada grupo formaram o quadrangular que definiu os dois rebaixados.
Entre os participantes, a maior surpresa foi o Paraná Clube. Décimo colocado no Campeonato Brasileiro de 2003, o Tricolor desmanchou o seu elenco e somou apenas cinco pontos na primeira fase do Estadual, se juntando a Nacional, Grêmio Maringá e Prudentópolis. Com receio de acabar rebaixado, a diretoria paranista reforçou o time, que venceu cinco dos seis jogos e foi “campeão” do primeiro Torneio da Morte paranaense.