Mior volta a disparar contra os rivais

O técnico Casemiro Mior, do Atlético, quebrou o silêncio com a imprensa ontem e voltou a disparar contra a postura do Coritiba sobre a arbitragem do clássico de amanhã. Para ele, depois de tanto "chorarem" por juízes de fora do Estado, agora o alviverde estaria "elogiando" em demasia a escolha de Héber Roberto Lopes para comandar o primeiro Atletiba da decisão do campeonato paranaense. De acordo com o treinador rubro-negro, o time do Alto da Glória tem retrospecto favorável com o árbitro da partida.

"Eu só estranho é o posicionamento adotado pelo adversário após tanto choro quanto a arbitragem, e hoje, pelo que eu sei, é só elogios rasgados à arbitragem paranaense", detonou. Segundo ele, essa suposta mudança de posicionamento não chega a ser uma surpresa. "No fundo, não é tão surpreendente porque todas as vezes em que o Héber apitou, o Coritiba ganhou", disparou. Ele não quis comentar o apelido de "pato novo" dado por Antônio Lopes, técnico do Coritiba. "Não tenho nada de comentar porque não vi e não tenho observado nada quanto a isso", diz Mior.

Falando sobre a partida, o treinador atleticano voltou a lembrar que o grupo é jovem, mas está consciente de seus objetivos. "Eles sabem que têm a oportunidade de colocar seu nome na história do clube, visto que nas últimas decisões o clube não foi muito feliz", destaca. O clima de mistério, no entanto, seguirá até momentos antes da partida. Como já estava programado, o treinamento de ontem foi fechado à imprensa e o de hoje também será fechado para jornalistas. Os veículos de comunicação só poderão trabalhar no CT do Caju após a finalização dos trabalhos.

A expectativa fica por conta das possibilidades treinadas por Mior ao longo da semana. Enquanto Aloísio e Fernandinho terão presença garantida após cumprirem suspensão automática, a entrada de Baloy e a continuação de Marín e Maciel na equipe deverão ser desvendadas somente no Pinheirão. Existe a possibilidade de Marcão ser deslocado para a ala-esquerda. Assim, Durval permaneceria, com Baloy sendo o líbero e Marín perdendo a condição de titular.

No ataque, Dênis Marques e Maciel disputam um lugar ao lado de Aloísio, mas a tendência é de que este último continue na equipe e o primeiro volte para o banco de reservas. Nas demais posições, nenhuma novidade. O provável time para amanhã terá Diego; Danilo, Baloy (Marín) e Durval; Etto, Alan Bahia, Fabrício, Fernandinho e Marcão; Aloísio e Maciel (Dênis Marques).

Da Ucrânia, Jádson torce por dupla do PSTC

Ele deixou saudades entre a torcida rubro-negra, está bem longe de Curitiba e só consegue acompanhar o Atlético pela internet ou através dos telefonemas dos amigos. Esse é o meia Jádson, que já superou os problemas iniciais de adaptação na Ucrânia e começa a se firmar no time do Shakhtar Donetsk. Mesmo de longe, ele está na torcida pelo Furacão e pelos colegas Fernandinho e Alan Bahia, parceiros desde os tempos de juvenil no PSTC.

?Eu tenho falado com o Fernandinho pela internet e ele falou que o Atlético está na final e está muito bem?, revela Jádson. Segundo ele, é muito difícil acompanhar seu antigo clube de tão longe, principalmente por não poder nem ver os gols. ?Quando eu entro na internet, costumo acessar o site do clube para ver o que está acontecendo, mas não tem nenhum canal brasileiro. Eu até pedi para eles instalarem uma tevê a cabo, mas só tem a Record?, pondera.

De qualquer forma, ele não quer que o Rubro-Negro repita o que aconteceu no ano passado. ?Acho que o time jogou bem, mas não teve sorte. Tomara que meus amigos Alan e Fernandinho estejam mais concentrados e não dêem mole para o Coritiba?, pede. Na final de 2004, ele chegou a fazer um dos gols na segunda partida contra o Alviverde, mas o Rubro-Negro acabou perdendo o título com o gol de empate de Tuta, marcado quase no fim da partida.

Na Ucrânia, Jádson já passou pelo pior. Depois de encarar um frio de -20ºC, a primavera em Donetsk já marca temperaturas mais razoáveis e parecidas com Curitiba. ?Quando eu cheguei aqui estava nevando, mas agora já faz entre 10 e 15 ºC?, informa. No futebol, então, ele já começa a conquistar a torcida. ?Eu fiz dois gols no final de semana passada, o time é líder e acho que, se continuar desse jeito, bem concentrados, vamos ser campeões?, projeta. O Shakhtar tem três pontos de vantagens e um jogo a menos do que o Dínamo de Kiev, segundo colocado. A temporada na Ucrânia vai até junho e em Donetsk, Jádson atua ao lado dos brasileiros Ivan, Elano, Brandão e Matusalém.

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