Leonardo assegurou nesta quinta-feira que a sua saída do cargo de técnico da Inter de Milão não foi um ato de traição ao negar que tenha iniciado uma negociação para assumir um cargo na diretoria do Paris Saint-Germain antes de deixar o comando da equipe italiana. “Não houve nenhuma traição e a rescisão do contrato com a Inter se produziu quando assinou com o novo treinador [Gian Piero] Gasperini”, disse o brasileiro.
O ex-jogador informou que apenas agora iniciou as negociações para assumir um cargo na diretoria do Paris Saint-Germain. “Não nego que a possibilidade de ir para o Paris Saint-Germain é concreta, mas ainda hoje é uma possibilidade: falei há dois dias com seus proprietários, mas não sei como terminará”, manifestou Leonardo. “Não tratei antes com o PSG, fiz só há três dias. Eu estava à disposição da Inter até a assinatura de Gasperini, tanto que duas vezes Moratti disse que eu poderia ter ficado”, disse.
Leonardo revelou, porém, que foi procurado pelo Paris Saint-Germain no início de junho. “Fui convidado pelos novos proprietários do PSG, clube com o qual tenho uma forte relação [defendeu o time francês como jogador]. Me convidaram para falar de um eventual projeto futuro, mas eu recusei”, comentou. “Depois, diante da insistência, falei com [o presidente da Inter, Massimo] Moratti, que me autorizou para ir falar, assim, como informação”, afirmou.
Leonardo disse que lhe propuseram trabalhar com o Paris Saint-Germain “mas eu respondi que era impossível porque não queria deixar a Inter, o contei a Moratti, e ele me tratou como um pai a um filho”, disse. “Como me conhece, me disse ‘para você é uma coisa maravilhosa’, não me bloqueou, pelo contrário, me deixou em condição de considerar essa opção”, prosseguiu.
Porém, reconheceu ter tido conhecimento do contato da diretoria do clube italiano com o técnico argentino Marcelo Bielsa, que desencadeou uma situação muito complicada para ele e que “não quero comentar”. Além disso, Leonardo garantiu os insultos da torcida do Milan, não têm relação com sua decisão de deixar a cidade. Sob o comando do brasileiro, a Inter de Milão faturou o título da Copa da Itália, mas ficou em segundo lugar no Campeonato Italiano, vencido pelo Milan.