Atletas unidos

“Mudar as leis sem ouvir a gente?”, indagam jogadores em vídeo sobre projeto de lei e retorno do futebol

Em vídeo divulgado na última segunda-feira (4) pela Federação Nacional de Atletas Profissionais (Fenapaf), vários jogadores se manifestarem sobre o projeto de lei 2125/20 e sobre o retorno do futebol diante da pandemia do coronavírus. A maioria dos atletas estão na Série A do Brasileirão.

Participaram do vídeo (veja no fim da matéria) Diego e Everton Ribeiro (Flamengo), Fernando Prass (Ceará), Alecsandro (CSA), Leandro Castán (Vasco), Fernando Henrique (Santo André), Réver e Victor (Atlético-MG), Nenê e Hudson (Fluminense), Bruno Alves (São Paulo), Marinho (Santos), Léo e Fabio (Cruzeiro) e Felipe Melo (Palmeiras).

No texto, que foi lido uma parte por cada atleta, o questionamento sobre a volta do futebol neste momento está presente. “O povo brasileiro ama e quer o futebol de volta, nós também amamos e queremos voltar. Nossas famílias precisam de nós. Somos todos pelo trabalho, mas precisamos pensar na saúde de todos nós”, pedem os jogadores.

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Em relação ao projeto de lei proposto pelo deputado Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), a reclamação dos atletas é que eles não foram ouvidos sobre o assunto. O texto estabelece a suspensão do pagamento das parcelas pelos clubes ao Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut), além do repasse direto para os clubes do dinheiro arrecadado com a Timemania.

Porém, a parte que desagradou os jogadores é relacionada à alteração nas relações contratuais, para, segundo o texto que tramita no Congresso, “alinhar a situação brasileira a orientações da Federação Internacional de Futebol (Fifa)”.

O projeto ainda possibilitaria a redução de até 50% do valor pago a jogadores em caso de rescisão de contrato unilateral com os clubes, com o pagamento parcelado e a possibilidade de se firmar contratos de apenas um mês de duração.

Veja abaixo o comunicado dos jogadores na íntegra e o vídeo:

“Brasil, é hora de união de todos. Somos um povo, uma nação, temos diferentes realidades na nossa classe. A maioria só trabalha três meses por ano. 95% de nós recebemos menos do que dois salários mínimos. Mudar as leis sem ouvir a gente? Isso não é legal. Estamos aqui e precisamos ser ouvidos com atenção. Afinal de contas, somos uma democracia. O povo brasileiro ama e quer o futebol de volta, nós também amamos e queremos voltar. Nossas famílias precisam de nós. Somos todos pelo trabalho, mas precisamos pensar na saúde de todos nós. Trabalho seguro, grandeza da nação. Com fé, venceremos essa partida juntos”.

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