Jairo relembra os tempos de glória no Coxa ao lado de Edson Bastos

Uma surpresa mais que emocionante marcou a homenagem que a Câmara Municipal de Curitiba concedeu ao ex-goleiro Jairo, do Coritiba, ontem. Armada pela produção do programa Tribuna no Esporte, do GPP, o também camisa 1 de Corinthians e seleção brasileira nos anos 70s recebeu um abraço para lá de carinhoso de Edson Bastos, o atual dono da posição no Coxa. Num encontro inédito de gerações, um negro que marcou época com a camisa alviverde e outro que começa a mostrar talento para também virar ídolo da exigente torcida do time do Alto da Glória.

?Poxa, que surpresa boa?, disse Jairo, todo sorridente ao avistar Edson Bastos ao seu lado, enquanto era entrevistado pela repórter Ana Tereza Motta e o cinegrafista Bruno Romualdo. Desde que foi contratado pelo Coritiba para a Série B, as comparações foram inevitáveis. Depois de Jairo, nenhum negro se firmou na camisa 1 e Edson parece estar se tornando o sucessor do ídolo do passado. ?Para mim é um momento especial estar ao lado de uma pessoa que deixou história no Coritiba. Espero também poder marcar meu nome no clube?, disse o atual goleiro alviverde.

Se depender da torcida de Jairo, Edson tem tudo para também fazer história. ?Eu estou torcendo muito mais pelo Coritiba hoje principalmente por você?, apontou ao atual arqueiro coxa. Mestre, o ídolo nem faz questão de dar nenhuma dica, mas sim fazer um pedido todo especial. ?Quando você observa um profissional do gabarito desse não existe dica para ele. Apenas quero fazer um pedido: nos ajude a voltar para a primeira divisão?, pediu. Tal qual uma ordem, Edson acatou. ?Pode deixar?, garantiu.

Numa iniciativa do vereador Aladim Luciano, Jairo ganhou a cidadania curitibana pelos serviços prestados ao esporte da cidade. ?É como se fosse campeão brasileiro. Uma homenagem importante, que ficará eternamente guardada no meu coração. Eu me considero um vencedor porque conquistei vários títulos pelo Coritiba?, relembrou o ex-goleiro, que só não fez mais sucesso devido ao preconceito. ?Eu enfrentei problemas na seleção porque diziam que goleiro tinha que ser loiro de olho azul?, lamentou a Muralha.

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