Gionédis cada vez mais isolado

?O Giovani Gionédis é uma pessoa intolerante e desagregadora.? Essa é a definição que o diretor Luís Guilherme de Castro faz do presidente do Coritiba. Acusado pelo atual mandatário do Alviverde de estar por trás das acusações de Evangelino da Costa Neves, ele garante que o Chinês está agindo por conta própria, mas apóia totalmente as atitudes do ?eterno presidente?. ?O Evangelino reuniu os amigos para dizer que não apoiava mais o Giovani, mas nós mantivemos a carta de renúncia guardada por que ele é um ícone do clube?, pondera Castro.

De acordo com o diretor, que foi eleito junto com Evangelino e Gionédis, ele não poderia insuflar o Chinês a fazer nada porque estava no exterior. ?Eu viajei no dia 29 de setembro e voltei no dia 18 agora. Fiquei surpreso com tudo isto que está acontecendo?, contesta. Mesmo assim, Castro confirma que foi visitar Evangelino após o retorno. ?O Evangelino é uma pessoa lúcida e usou todos os meios que tem para fazer o time voltar à primeira divisão?, analisa.

Por tudo isso, Castro nem se importa com o suposto pedido de Gionédis para a saída dele e de Evangelino da diretoria. ?Eu agradeceria a ele porque não participo mais das reuniões desde março. Ele gosta de trabalhar sozinho mesmo?, diz. Segundo Castro, tanto José Macedo ou Jurandir Marcondes, o Pipico, também não têm influência nas decisões de Evangelino, conforme acusação de Gionédis. ?São pessoas do mais alto nível e dois conselheiros muito corretos?, afirma.

Para Castro, Gionédis entrou em desespero com as acusações feitas pelo Chinês de falsificação de assinatura. ?O discurso dele é o mesmo do ano passado. Estamos a sete jogos de continuar no buraco?, dispara. Ele ainda criticou a forma como Gionédis está tratando Evangelino ao chamá-lo de ?gagá?. ?Ele não ofendeu só o mito do Coritiba, atingiu todos os idosos?, finalizou.

Impeachment

Hoje, o presidente do conselho deliberativo, Júlio Militão, deverá ouvir ou marcar um encontro com Evangelino. Ele também deverá selecionar um perito da Polícia Científica para analisar as supostas assinaturas atribuídas ao Chinês. Após esse processo, o conselhão deverá marcar uma assembléia-geral dos associados para votar o impedimento ou não de Gionédis.

Cerco está apertando

Eram oito decisões, agora são sete. Esse é o discurso de jogadores e comissão técnica do Coritiba, que abre a semana da busca da reabilitação contra o Vila Nova, em Goiânia. Mesmo fora do G4, todos no Alviverde mantêm o otimismo e apontam um acirramento de seis equipes buscando duas vagas para a primeira divisão do ano que vem. De qualquer forma, os problemas do Coxa só aumentaram com a expulsão de Alberto, a contusão de Jackson e a doença de Henrique.

?Sabemos que tem muita coisa envolvida fora de campo, mas temos que ter a cabeça tranqüila e acredito que três vitórias em casa, uma fora e um empate nos dá o acesso à primeira divisão?, aponta o goleiro Artur. Segundo ele, a torcida precisa manter o apoio porque não tem nada perdido e ainda é possível o Coritiba subir. ?Temos sete jogos e temos que fazer cada um deles como se fosse o jogo de nossas vidas?, destaca o arqueiro.

Para o técnico Paulo Bonamigo, a luta continua. ?Temos sete jogos decisivos e essa é a nossa realidade. São 21 pontos a serem disputados e, tirando Atlético-MG e Sport, tem duas vagas sendo disputadas por seis equipes e o Coritiba é uma delas?, analisa. No entanto, desses sete jogos que restam, apenas três serão no Couto Pereira. O próximo, será contra o Vila Nova, no Serra Dourada, que luta desesperadamente para não cair para a terceirona.

E os problemas já começaram no sábado com a expulsão do atacante Alberto e a contusão do meia Jackson. Outro problema é a meningite que pegou o zagueiro Henrique, que fica de fora até o final da temporada. Em compensação, o meia Cristian retorna após cumprir suspensão automática.

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