Floripa faz festa para Edmundo

Florianópolis – O atacante Edmundo foi recebido com festa ontem no Figueirense, naquela que está sendo considerada a maior contratação da história do clube, que em junho comemora 84 anos de fundação. O jogador – que fez 36 jogos pela Seleção e foi vice-campeão do mundo em 98, na França – foi aplaudido na chegada por centenas de torcedores e disse que prefere esquecer o apelido de ?Animal?.

?Se houver um pouco de boa vontade, vocês (jornalistas) vão ver que hoje sou um homem maduro, que não tem mais nada de animal. Hoje sou o Edmundo?, disse.

Garantindo estar em boa forma física, o jogador ainda não sabe quando fará sua estréia. A diretoria planejava colocá-lo em campo já no dia 12 de junho – data do aniversário do clube – contra o Atlético-PR, mas o mais provável é que ele jogue sua primeira partida pelo Figueirense contra o Paysandu, na rodada seguinte.

Edmundo é a esperança da diretoria para solucionar o problema da falta de gols no Figueirense. A equipe vai mal no Brasileiro. Ocupa a penúltima colocação, com apenas 4 pontos ganhos em seis jogos. Neste jogos, marcou apenas 5 gols.

Edmundo assinou contrato com o Figueirense até o dia 31 de dezembro. No clube catarinense ele vai se reecontrar com o zagueiro Cléber – com quem jogou no Palmeiras nos anos 90, período que viveu o apogeu da carreira.

Zinho chateado

A decisão de Edmundo causou polêmica no Rio. Ele deixou repentinamente o Nova Iguaçu, clube da segunda divisão do futebol carioca que o contratou três semanas atrás. ?Estou chateado. O Edmundo já vinha reclamando que era difícil acordar cedo para vir treinar?, disse o meia Zinho, que é jogador e também um dos sócios do Nova Iguaçu.

No dia 9 de maio, ao ser apresentado ao Nova Iguaçu, Edmundo chorou na entrevista coletiva ao dizer que estava diante de uma oportunidade única: participar de projetos sociais na cidade, em prol de crianças carentes, e assim tentar mudar a sua imagem. Chegou a afirmar que dinheiro era o que menos importava nessa ?nova fase?.

?Ele abraçou uma causa social, a cidade se envolveu e, de repente, deixou tudo para trás. É muito difícil conduzir o Edmundo?, lamentou o presidente do Nova Iguaçu, Jânio Moraes.

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