A Fifa criticou nesta quinta-feira (31) uma decisão da Corte Arbitral do Esporte (CAS), que determinou uma redução significativa na indenização que o zagueiro escocês Andy Webster e o Wigan, da Inglaterra, terão de pagar ao Hearts, da Escócia, por quebra de contrato.
A entidade distribuiu nesta quinta-feira um comunicado em que "lamenta a decisão do CAS, pois o veredicto favorável ao atleta terá longo alcance e efeitos prejudiciais ao esporte como um todo".
A decisão do CAS poderá abrir um precedente que abrirá caminho para alguns jogadores romperem unilateralmente seus contratos para se transferirem para outros clubes.
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, diz que "a decisão é muito prejudicial ao futebol e uma vitória de Pirro para aqueles jogadores e seus agentes que brincam com a idéia de rescindir contratos antes de serem completamente cumpridos", insinuando que a vitória terá um preço alto demais para os dois lados.
A Fifa havia determinado que Webster deveria pagar ? 840,3 mil (R$ 2,185 milhões) ao Hearts, o atleta recorreu ao CAS, que reduziu a multa para ? 200,5 mil (R$ 521,2 mil), equivalente ao valor residual do contrato vigente entre as partes.
Ao encerrar seu contrato com o Hearts um ano antes do previsto, Webster, de 25 anos, se tornou o primeiro atleta a evocar o Artigo 17 do regulamento de atletas da Fifa, que permite que atletas com menos de 28 anos encerrem seus contratos depois de cumpri-lo por três anos.