Favoráveis usaram Copa do Mundo como argumento

Como se esperava, o clima acalorado e as discussões tomaram conta do plenário da Câmara Municipal na sessão extraordinária realizada ontem. Por muito pouco a sessão não foi adiada. O vereador Dirceu Moreira (PSL) enviou um requerimento pedindo a transferência da votação, alegando que “não estava tão aprofundado no assunto” e pedindo mais 24 horas para ficar mais a vontade para votar. Porém, a maioria dos vereadores deu parecer contrário ao pedido de adiamento, mas a votação continuou num ritmo de debate intenso.

O grande receio dos vereadores que apoiaram a mudança na lei do potencial construtivo se referia ao risco de Curitiba perder a Copa do Mundo. “O município precisa honrar o compromisso que deu ao clube e a todos para a realização da Copa do Mundo. Não havendo o estádio nos padrões que são exigidos pela Fifa, não haverá Copa do Mundo em Curitiba”, lembrou o vereador Pedro Paulo (PT). “Curitiba só tem a ganhar com a Copa do Mundo. É o maior evento esportivo mundial e vamos sediar com muito orgulho. Nos credenciamos como sede e não deixaremos de fazer a nossa parte de jeito algum”, acrescentou a vereadora Julieta Reis (DEM).

Se a proposição, enviada em regime de urgência pelo atual prefeito Luciano Ducci, não fosse aprovada em primeiro turno, a resolução do impasse ficaria para o ano que vem. Assim, o futuro prefeito, Gustavo Fruet, teria que mandar um novo projeto à Casa, que começaria a tramitar somente no início de fevereiro.