?Exército? de fiscais luta pelo regulamento

São Paulo – Garantir que um intrincado e detalhado regulamento seja cumprido por mais de 30 carros a cada GP é uma das tarefas mais complicadas da FIA (Federação Internacional de Automobilismo). A Fórmula 1, na falta de um, tem dois calhamaços de regras. O primeiro, chamado de Regulamento Esportivo, tem 35 páginas, 161 artigos, centenas de parágrafos e três anexos; o segundo, Técnico, está contido em mais 37 páginas com 22 artigos básicos, subdivididos em mais centenas de parágrafos e subitens.

Versa-se sobre tudo nos dois alfarrábios. Da altura do carro em relação ao solo, passando pela composição química da gasolina e chegando a minúcias como o número de toalhas e garrafinhas d\que devem ficar à disposição dos pilotos na sala de entrevistas pós-corrida, ou as dimensões e peso dos troféus.

Um exército comandado pelo delegado-técnico Jo Bauer é o responsável pelas vistorias antes e depois das provas. Eles começam seu trabalho na véspera do primeiro treino de qualquer GP, às quintas-feiras (a exceção é Mônaco, onde essa primeira vistoria é realizada na quarta). Durante seis horas, medem, pesam e verificam tudo que for possível nos 20 carros titulares e nos dez reservas de cada time, além daqueles das equipes que têm direito a um terceiro carro na sexta.

Cada carro tem um vistoriador designado só para ele.

Após a corrida é que o pau come. Todos os pilotos são submetidos a uma pesagem, com capacete e macacão, antes de voltar aos seus motorhomes. Alguns carros, escolhidos também aleatoriamente, são checados com mais rigor, especialmente nos seus sistemas eletrônicos. Softwares são retirados das ?centralinas? e analisados nos computadores da FIA. O mesmo acontece com mais amostras de gasolina.

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